Apartamento do Jensen
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Re: Apartamento do Jensen
“Você vai ficar bem?”
Ela ouvia as palavras de Jensen como se estivessem bem distantes. Não. Talvez. Sim. Sim, ela ficaria.
— Desculpe por isto, Jensen. Eu não quis causar tanto transtorno. Ainda estou um pouco tonta, mas vou ficar bem. Obrigada por... se importar.
Ela parecia voltar ao seu estado comum cortês e tímido, porém com um toque leve de tristeza pelas vidas perdidas no ataque terrorista.
— Tem certeza que seu apartamento é o melhor lugar? E se ainda estiverem me procurando? Mais alguém pode sair machucado nisso tudo, não é? Eu não quero que isso aconteça.
Ela podia parecer ingênua e tola com suas palavras, mas ao contrário de 90% de Neo Tokyo e talvez até do mundo moderno, ela se importava com as pessoas.
Ela ouvia as palavras de Jensen como se estivessem bem distantes. Não. Talvez. Sim. Sim, ela ficaria.
— Desculpe por isto, Jensen. Eu não quis causar tanto transtorno. Ainda estou um pouco tonta, mas vou ficar bem. Obrigada por... se importar.
Ela parecia voltar ao seu estado comum cortês e tímido, porém com um toque leve de tristeza pelas vidas perdidas no ataque terrorista.
— Tem certeza que seu apartamento é o melhor lugar? E se ainda estiverem me procurando? Mais alguém pode sair machucado nisso tudo, não é? Eu não quero que isso aconteça.
Ela podia parecer ingênua e tola com suas palavras, mas ao contrário de 90% de Neo Tokyo e talvez até do mundo moderno, ela se importava com as pessoas.
Riza Nakano- Chefe da Nexus
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Re: Apartamento do Jensen
- Certo. Mas se não estiver bem, pode falar.
Ver Jensen sendo tão gentil assim com alguém era algo bem... estranho. Ele sempre era educado e distante, não parecendo se importar muito com o que acontecia com os outros ao seu redor. E suas ações no Club não ajudaram muito a melhorar essa imagem dele, na verdade só pioraram com a forma que ele rapidamente deixou Riza para trás e focou-se em sua missão. As pilhas de corpos também não ajudavam nenhum pouco, pois além de serem um testemunho do poder do Tank, também eram uma amostra da falta de apego que ele tinha pela vida de seus inimigos.
O carro parou e Jensen, desceu, abrindo a porta para Riza enquanto ela falava. Ela poderia notar que aquele local estava repleto de seguranças da Nexus, só haviam menos seguranças do que nas próprias instalações da corporação.
- Isso não vai acontecer aqui, não se preocupe - Disse Jensen, virando-se para um segurança que se aproximava.
- Senhor Jensen, seu amigo Pritchard - Começou o segurança.
- Não é um amigo, é um pé na minha bunda - Interrompeu-o Adam.
- Enfim, ele trouxe uma mulher para o seu apartamento - Aquilo realmente soava errado - Uma senhora de 60 anos, diz te conhecer.
- Ah, ótimo, visitas desconhecidas - Murmurou Jensen, virando-se para Riza - Me perdoe por isso Riza, mas eu converso com ela rápido e depois ela vai embora.
Ver Jensen sendo tão gentil assim com alguém era algo bem... estranho. Ele sempre era educado e distante, não parecendo se importar muito com o que acontecia com os outros ao seu redor. E suas ações no Club não ajudaram muito a melhorar essa imagem dele, na verdade só pioraram com a forma que ele rapidamente deixou Riza para trás e focou-se em sua missão. As pilhas de corpos também não ajudavam nenhum pouco, pois além de serem um testemunho do poder do Tank, também eram uma amostra da falta de apego que ele tinha pela vida de seus inimigos.
O carro parou e Jensen, desceu, abrindo a porta para Riza enquanto ela falava. Ela poderia notar que aquele local estava repleto de seguranças da Nexus, só haviam menos seguranças do que nas próprias instalações da corporação.
- Isso não vai acontecer aqui, não se preocupe - Disse Jensen, virando-se para um segurança que se aproximava.
- Senhor Jensen, seu amigo Pritchard - Começou o segurança.
- Não é um amigo, é um pé na minha bunda - Interrompeu-o Adam.
- Enfim, ele trouxe uma mulher para o seu apartamento - Aquilo realmente soava errado - Uma senhora de 60 anos, diz te conhecer.
- Ah, ótimo, visitas desconhecidas - Murmurou Jensen, virando-se para Riza - Me perdoe por isso Riza, mas eu converso com ela rápido e depois ela vai embora.
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Re: Apartamento do Jensen
Riza negou com a cabeça veementemente.
— Imagina, Jensen! Uma senhora! Não precisa mandar ela embora, certo?
Ela gostava de olhar nos olhos de quem conversava, e ele não era diferente.
— Imagina, Jensen! Uma senhora! Não precisa mandar ela embora, certo?
Ela gostava de olhar nos olhos de quem conversava, e ele não era diferente.
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Re: Apartamento do Jensen
- Se você diz - Jensen deu de ombros e adentrou o prédio, junto de Riza.
Entraram no elevador e Jensen apertou o botão que levava para o andar de seu apartamento. Ao chegarem lá, mais e mais guardas nos corredores e dois posicionados do lado da porta do apartamento de Jensen, que estava aberto. Ele entrou no apartamento e viu uma senhora idosa sentada no sofá, ela era negra, com um corte de cabelo bem curto e óculos em seu rosto. Ela olhou para os dois que entravam e abriu um gentil sorriso.
- Vocês são o casal que adotou o Adam, não é? - Ela perguntou, enquanto segurava uma foto em sua mão.
- Não senhora. Eu sou Adam Jensen - Disse o segurança, sentando-se ao lado dela.
- Bobagem! O Adam é uma criança ainda. Deve ter dez anos de idade - Jensen pensou que ela estava brincando com ele, mas notou a seriedade na voz dela e toda a certeza que vinha com aquela frase. Aquela mulher provavelmente pela idade, estava demente - Mas se vocês não são o casal que adotou o Adam, quem são?
- Somos... amigos dele - Disse Jensen, tentando lidar com ela da melhor maneira possível.
- Amigos? É bom saber que ele tem amigos mais velhos! Ele precisa de alguém para ensinar as coisas para ele, sabe? - A velhinha abriu um sorriso gentil para Jensen - Olha, eu tenho uma foto aqui, de quando ele ainda era uma criancinha de três anos.
Entraram no elevador e Jensen apertou o botão que levava para o andar de seu apartamento. Ao chegarem lá, mais e mais guardas nos corredores e dois posicionados do lado da porta do apartamento de Jensen, que estava aberto. Ele entrou no apartamento e viu uma senhora idosa sentada no sofá, ela era negra, com um corte de cabelo bem curto e óculos em seu rosto. Ela olhou para os dois que entravam e abriu um gentil sorriso.
- Michelle Walthers:
- Vocês são o casal que adotou o Adam, não é? - Ela perguntou, enquanto segurava uma foto em sua mão.
- Não senhora. Eu sou Adam Jensen - Disse o segurança, sentando-se ao lado dela.
- Bobagem! O Adam é uma criança ainda. Deve ter dez anos de idade - Jensen pensou que ela estava brincando com ele, mas notou a seriedade na voz dela e toda a certeza que vinha com aquela frase. Aquela mulher provavelmente pela idade, estava demente - Mas se vocês não são o casal que adotou o Adam, quem são?
- Somos... amigos dele - Disse Jensen, tentando lidar com ela da melhor maneira possível.
- Amigos? É bom saber que ele tem amigos mais velhos! Ele precisa de alguém para ensinar as coisas para ele, sabe? - A velhinha abriu um sorriso gentil para Jensen - Olha, eu tenho uma foto aqui, de quando ele ainda era uma criancinha de três anos.
- Jensen Criança Super Adorável:
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Re: Apartamento do Jensen
Riza não demorou a entender a situação, e apenas ofereceu sorrisos doces para a senhora. Quando ela estendeu a foto, Riza foi quem pegou e sorriu um pouco ao reconhecer apenas alguns traços mais marcantes de Adam.
— Sim, os olhos dele são sempre muito doces. Não importa o quanto ele os esconda, não é?
Ela sorriu para a senhora mas lançou um breve olhar para o Tank, enquanto fazia com que ela voltasse a se sentar.
— Sim, os olhos dele são sempre muito doces. Não importa o quanto ele os esconda, não é?
Ela sorriu para a senhora mas lançou um breve olhar para o Tank, enquanto fazia com que ela voltasse a se sentar.
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Re: Apartamento do Jensen
Jensen não olhou para Riza após aquele comentário dela, com seus óculos ainda ativados, escondendo seus olhos por trás deles. Eles serviam como o seu HUD, logo ele os mantinha ativados na maior parte do tempo. A mulher apenas sorriu para Riza conforme ela falava, assentindo conforme ela falava. Não entendeu a parte sobre esconder os olhos, porém apenas assumiu que fosse algum tipo de brincadeira de Adam.
- E a senhora o conhece desde que ele era uma criança? - Perguntou Jensen, sentando-se ao lado dele.
- Oh, sim! Eu tomava conta dele enquanto ele era criado nos Laboratórios White Helix - Ela falou e Jensen não foi capaz de esconder sua surpresa.
- Ele foi... criado em um laboratório? Jensen é um replicante? - Questionou o homem, sua voz um tanto trêmula.
- Não, não! Eu conhecia os pais dele, dois cientistas que trabalhava em White Helix. As coisas que eles faziam lá eram... horrendas. Porém de todos que estavam lá, apenas aqueles dois prestavam! - Disse Michelle, com um pequeno sorriso - Eles tiveram o Adam e o governo tomou ele para si e começou a experimentar com ele. Algo sobre mudança genética e AUGS, eu não lembro bem. E nem entendia os termos, muito complicados sabe?
- Sim, sim - Disse Jensen, interessado na sua história.
- De todos os bebês, Adam era o mais especial. Ele foi o único a sobreviver. E mesmo depois daquelas coisas horríveis, estava sempre sorrindo - A mulher lembrava-se, falando com ternura do bebê - Então, os pais dele decidiram fazer algo sobre isso. Confiaram Adam a mim e atearam fogo ao local. Eu fugi sem olhar para trás. Eles morreram no fogo.
- E a senhora o conhece desde que ele era uma criança? - Perguntou Jensen, sentando-se ao lado dele.
- Oh, sim! Eu tomava conta dele enquanto ele era criado nos Laboratórios White Helix - Ela falou e Jensen não foi capaz de esconder sua surpresa.
- Ele foi... criado em um laboratório? Jensen é um replicante? - Questionou o homem, sua voz um tanto trêmula.
- Não, não! Eu conhecia os pais dele, dois cientistas que trabalhava em White Helix. As coisas que eles faziam lá eram... horrendas. Porém de todos que estavam lá, apenas aqueles dois prestavam! - Disse Michelle, com um pequeno sorriso - Eles tiveram o Adam e o governo tomou ele para si e começou a experimentar com ele. Algo sobre mudança genética e AUGS, eu não lembro bem. E nem entendia os termos, muito complicados sabe?
- Sim, sim - Disse Jensen, interessado na sua história.
- De todos os bebês, Adam era o mais especial. Ele foi o único a sobreviver. E mesmo depois daquelas coisas horríveis, estava sempre sorrindo - A mulher lembrava-se, falando com ternura do bebê - Então, os pais dele decidiram fazer algo sobre isso. Confiaram Adam a mim e atearam fogo ao local. Eu fugi sem olhar para trás. Eles morreram no fogo.
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Re: Apartamento do Jensen
Assim que a mulher começou a contar a história Riza percebeu o teor pessoal daquilo tudo, e pensou em sair dali, porém os seguranças haviam fechado tudo e nem mesmo os outros cômodos estavam disponíveis. Ela estava bastante curiosa, na verdade, mas procurou manter a discrição.
Ela ficou um pouco desconfortável em ouvir algo tão pessoal, mas ficou ainda mais triste por ser Jensen, alguém que ela conhecia há pouco tempo, mas que já estava muito próximo dela.
Ela queria dizer “Eu sinto muito”, mas segurou as palavras.
Ela ficou um pouco desconfortável em ouvir algo tão pessoal, mas ficou ainda mais triste por ser Jensen, alguém que ela conhecia há pouco tempo, mas que já estava muito próximo dela.
Ela queria dizer “Eu sinto muito”, mas segurou as palavras.
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Re: Apartamento do Jensen
- E o que aconteceu depois? - Perguntou Jensen.
- Eu criei o Adam como se fosse meu filho por um ano inteiro, ninguém nunca perguntou nada. Mas eu não podia ficar com ele, eu não ganhava bem e criar um bebê na pobreza me parecia errado - Falou Michelle, era possível ver que ela estava começando a querer chorar. Jensen apoiou sua mão no ombro dela, fazendo um leve afago carinhoso - Eu encontrei um casal, não me lembro bem deles agora, mas eram os Jensen. Eles aceitaram adotar o garoto e depois disso, nunca mais o vi. Até que aquele homem gentil, Pritchard, me disse que podia me levar até ele.
Silêncio. Jensen já não falava mais nada, apenas continuava a acariciar o ombro da senhora que cuidara dele, que o protegera e se arriscara por ele. Riza talvez tivesse ouvido falar dos Laboratórios White Helix, onde eram feitas experiências genéticas para que o corpo humano pudesse aceitar AUGS sem o perigo da rejeição e de dores posteriores. Vários locais faziam isso, mas nenhum deles era perfeito. Porém os rumores falavam que White Helix havia conseguido e fora queimada por isso.
- Eu queria ver o Adam, mas acho que ele deve estar na casa de algum amiguinho, não? - Perguntou aquela senhora, com um pequeno sorriso em seu rosto. Ela puxou algo de dentro de seu bolso, um Credstick de onde unidades poderiam ser retiradas - Entreguem isso para ele por mim, por favor. É dinheiro para todos os natais e aniversários que eu não pude estar presente.
- Eu... entregarei isso para ele - Disse Jensen com sua voz falhando, pegando o credstick e colocando-o no bolso - Eu não sou o Adam, mas tenho certeza de que... ele gostaria de fazer algo se estivesse aqui.
Dito isso, Jensen abraçou fortemente a mulher e Riza podia ver que, por debaixo de seus óculos, escorriam lágrimas que rolavam pelo seu rosto. A senhora o abraçou de volta, sem entender muito bem o gesto carinhoso da parte daquele homem.
- Bom, eu preciso dormir. Eu estou morando nesse hotel agora, sabe? Aquele garoto Pritchard conseguiu um apartamento para mim, o 307. Um dia desses eu venho visitar o Jensen - Dito isso, ela levantou-se e Jensen a acompanhou até a porta e assim que ela saiu ele puxou seu PDA.
- Senhor? - Ele parecia estar falando com o pai de Riza - Se puder descontar de meu salário e colocar seguranças para vigiar o apartamento 307 do hotel onde eu moro, eu agradeceria. A pessoa que mora lá é... família.
- Eu criei o Adam como se fosse meu filho por um ano inteiro, ninguém nunca perguntou nada. Mas eu não podia ficar com ele, eu não ganhava bem e criar um bebê na pobreza me parecia errado - Falou Michelle, era possível ver que ela estava começando a querer chorar. Jensen apoiou sua mão no ombro dela, fazendo um leve afago carinhoso - Eu encontrei um casal, não me lembro bem deles agora, mas eram os Jensen. Eles aceitaram adotar o garoto e depois disso, nunca mais o vi. Até que aquele homem gentil, Pritchard, me disse que podia me levar até ele.
Silêncio. Jensen já não falava mais nada, apenas continuava a acariciar o ombro da senhora que cuidara dele, que o protegera e se arriscara por ele. Riza talvez tivesse ouvido falar dos Laboratórios White Helix, onde eram feitas experiências genéticas para que o corpo humano pudesse aceitar AUGS sem o perigo da rejeição e de dores posteriores. Vários locais faziam isso, mas nenhum deles era perfeito. Porém os rumores falavam que White Helix havia conseguido e fora queimada por isso.
- Eu queria ver o Adam, mas acho que ele deve estar na casa de algum amiguinho, não? - Perguntou aquela senhora, com um pequeno sorriso em seu rosto. Ela puxou algo de dentro de seu bolso, um Credstick de onde unidades poderiam ser retiradas - Entreguem isso para ele por mim, por favor. É dinheiro para todos os natais e aniversários que eu não pude estar presente.
- Eu... entregarei isso para ele - Disse Jensen com sua voz falhando, pegando o credstick e colocando-o no bolso - Eu não sou o Adam, mas tenho certeza de que... ele gostaria de fazer algo se estivesse aqui.
Dito isso, Jensen abraçou fortemente a mulher e Riza podia ver que, por debaixo de seus óculos, escorriam lágrimas que rolavam pelo seu rosto. A senhora o abraçou de volta, sem entender muito bem o gesto carinhoso da parte daquele homem.
- Bom, eu preciso dormir. Eu estou morando nesse hotel agora, sabe? Aquele garoto Pritchard conseguiu um apartamento para mim, o 307. Um dia desses eu venho visitar o Jensen - Dito isso, ela levantou-se e Jensen a acompanhou até a porta e assim que ela saiu ele puxou seu PDA.
- Senhor? - Ele parecia estar falando com o pai de Riza - Se puder descontar de meu salário e colocar seguranças para vigiar o apartamento 307 do hotel onde eu moro, eu agradeceria. A pessoa que mora lá é... família.
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Re: Apartamento do Jensen
Riza desviou o olhar e enxugou o canto dos olhos ao ouvir o restante da história. Sorriu para a moça antes que ela partisse e ficou em silêncio quando ouviu o pedido de Jensen ao seu pai.
Alguns momentos depois, ela suspirou.
— Sinto muito, Jensen. Não quero que pense que eu tenho pena de você, não é isso. Eu só sinto muito por estar aqui... e ouvir algo tão pessoal. Por favor, me avise se tiver algo que eu possa fazer por você... ou pela sua família.
Alguns momentos depois, ela suspirou.
— Sinto muito, Jensen. Não quero que pense que eu tenho pena de você, não é isso. Eu só sinto muito por estar aqui... e ouvir algo tão pessoal. Por favor, me avise se tiver algo que eu possa fazer por você... ou pela sua família.
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Re: Apartamento do Jensen
- Não se preocupe com isso, Riza. Eu vou dar conta de tudo isso - Disse Adam, com um pequeno sorriso em seu rosto - Você vai ter que ficar mais ou menos umas quatro horas aqui, até que tudo se ajeite na Nexus.
Dito isso, Jensen caminhou até a cozinha do local e abriu a geladeira, puxando de dentro dela uma garrafa de uísque e um copo, em seguida ele virou-se para observar Riza, na sala.
- Vai querer um pouco?
Dependendo da resposta dela, Jensen encheria dois copos com uísque e levaria um para ela. Caso ela não desejasse, seria apenas um para ele. Tomando um longo gole, Jensen sentou-se no sofá, a televisão a sua frente estando desligada.
- Se quiser algo para comer, é só pegar. Se quiser tomar um banho ou dormir, é ali - Ele disse, apontando para uma porta aberta que levava para o quarto de Jensen, onde estava o banheiro também. Se Riza fosse ao banheiro, notaria que o espelho do mesmo estava quebrado, alguém havia socado ele exatamente em seu centro. Provavelmente Jensen.
Algo incomodava Jensen nas costas, ele retirou seu sobretudo que estava furado nas costas. Por baixo, havia uma armadura balística que também estava com um furo nela. Ao retirar a mesma revelou uma camiseta branca, que estava furada no mesmo lugar das outras duas peças e com manchas de sangue ao redor do impacto. Sem cerimônia alguma, o segurança retirou a camiseta e a soltou no chão, colocando a mão no buraco e retirando algo de lá. Era a bala que havia perfurado tudo e atingido suas costas. Ainda havia sangue nela. Colocou a mesma em cima da mesa de vidro e sentou-se no sofá, pegando para si uma pequena faixa que usou para tampar o ferimento. Tomou um longo gole de seu uísque e suspirou. Em seguida acendeu um cigarro para si e tragou profundamente, soltando a fumaça para cima. Havia sido uma noite longa. Os AUGS nos braços de Jensen estavam completamente á mostra, e eram completamente pretos. Riza nunca havia visto algo como aquilo em nenhum lugar do mundo. Eram únicos a Adam Jensen.
Dito isso, Jensen caminhou até a cozinha do local e abriu a geladeira, puxando de dentro dela uma garrafa de uísque e um copo, em seguida ele virou-se para observar Riza, na sala.
- Vai querer um pouco?
Dependendo da resposta dela, Jensen encheria dois copos com uísque e levaria um para ela. Caso ela não desejasse, seria apenas um para ele. Tomando um longo gole, Jensen sentou-se no sofá, a televisão a sua frente estando desligada.
- Se quiser algo para comer, é só pegar. Se quiser tomar um banho ou dormir, é ali - Ele disse, apontando para uma porta aberta que levava para o quarto de Jensen, onde estava o banheiro também. Se Riza fosse ao banheiro, notaria que o espelho do mesmo estava quebrado, alguém havia socado ele exatamente em seu centro. Provavelmente Jensen.
- Espelho:
Algo incomodava Jensen nas costas, ele retirou seu sobretudo que estava furado nas costas. Por baixo, havia uma armadura balística que também estava com um furo nela. Ao retirar a mesma revelou uma camiseta branca, que estava furada no mesmo lugar das outras duas peças e com manchas de sangue ao redor do impacto. Sem cerimônia alguma, o segurança retirou a camiseta e a soltou no chão, colocando a mão no buraco e retirando algo de lá. Era a bala que havia perfurado tudo e atingido suas costas. Ainda havia sangue nela. Colocou a mesma em cima da mesa de vidro e sentou-se no sofá, pegando para si uma pequena faixa que usou para tampar o ferimento. Tomou um longo gole de seu uísque e suspirou. Em seguida acendeu um cigarro para si e tragou profundamente, soltando a fumaça para cima. Havia sido uma noite longa. Os AUGS nos braços de Jensen estavam completamente á mostra, e eram completamente pretos. Riza nunca havia visto algo como aquilo em nenhum lugar do mundo. Eram únicos a Adam Jensen.
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Re: Apartamento do Jensen
— Acho que já bebi o suficiente esta noite. — ela sorriu, agradecendo.
Observou os movimentos do segurança até que ele voltou a se sentar no sofá. Ela olhou curiosa para seu braço, e seus dedos tocaram o metal frio com delicadeza.
— Impressionante.
Vendo o ferimento, ela se levantou e foi até o banheiro, onde provavelmente encontraria um kit de primeiros socorros. Ela parou desconcertada ao ver o estado do espelho, mas logo pegou o kit e voltou para a sala.
— Creio que apenas uma limpeza já vai ser o suficiente. Tenho medo de injetar nanorobôs em você, por conta de... tudo isso.
Ela olhou para os AUGS visíveis enquanto preparava algo para limpar o ferimento. Tinha medo de que ele rejeitasse a injeção.
Observou os movimentos do segurança até que ele voltou a se sentar no sofá. Ela olhou curiosa para seu braço, e seus dedos tocaram o metal frio com delicadeza.
— Impressionante.
Vendo o ferimento, ela se levantou e foi até o banheiro, onde provavelmente encontraria um kit de primeiros socorros. Ela parou desconcertada ao ver o estado do espelho, mas logo pegou o kit e voltou para a sala.
— Creio que apenas uma limpeza já vai ser o suficiente. Tenho medo de injetar nanorobôs em você, por conta de... tudo isso.
Ela olhou para os AUGS visíveis enquanto preparava algo para limpar o ferimento. Tinha medo de que ele rejeitasse a injeção.
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Re: Apartamento do Jensen
- Se você diz...
Jensen deu de ombros, enquanto preparava um copo apenas para si. Colocou um pouco de gelo também, sempre era bom. AUGS de diferentes colorações eram algo normal, aquele estava longe de ser o primeiro AUG completamente preto que Riza via, porém a tecnologia que estava nelas era... espetacular. Era algo extremamente avançado, até mesmo para os padrões atuais e o que era acessível para o povo. É claro que AUGS usados por exércitos e pelas máfias eram igualmente avançados, mas até onde Riza sabia, Jensen havia colocado AUGS a pelo menos dez anos atrás.
- Tecnologia Sarif - Disse Jensen. Aquele nome deveria significar muito para Riza, uma vez que todas as inovações atuais haviam vindo da Sarif, a empresa pioneira em inovações com AUGS.
O espelho havia sido quebrado por Jensen momentos depois de ele chegar naquele apartamento, antes de ser contratado pela Nexus. Era de conhecimento de todos na Nexus que Jensen era extremamente amargurado por eventos passados e que os AUGS que possuía eram experimentais ( para a época que foram aplicados nele ). Quando ele viu seu reflexo no espelho, repleto de AUGS, vivendo em Neo Tokyo e tendo pessoas importantes para si ou mortas ou distantes, ele socou o espelho.
- Meu corpo aceita AUGS e outros objetos não-naturais mais facilmente do que os outros - Falou Jensen - Vou ouviu a minha... a Michelle falando. Eu fui criado em laboratório. Fui feito para ter essas... merdas no meu corpo.
Jensen deu de ombros, enquanto preparava um copo apenas para si. Colocou um pouco de gelo também, sempre era bom. AUGS de diferentes colorações eram algo normal, aquele estava longe de ser o primeiro AUG completamente preto que Riza via, porém a tecnologia que estava nelas era... espetacular. Era algo extremamente avançado, até mesmo para os padrões atuais e o que era acessível para o povo. É claro que AUGS usados por exércitos e pelas máfias eram igualmente avançados, mas até onde Riza sabia, Jensen havia colocado AUGS a pelo menos dez anos atrás.
- Tecnologia Sarif - Disse Jensen. Aquele nome deveria significar muito para Riza, uma vez que todas as inovações atuais haviam vindo da Sarif, a empresa pioneira em inovações com AUGS.
O espelho havia sido quebrado por Jensen momentos depois de ele chegar naquele apartamento, antes de ser contratado pela Nexus. Era de conhecimento de todos na Nexus que Jensen era extremamente amargurado por eventos passados e que os AUGS que possuía eram experimentais ( para a época que foram aplicados nele ). Quando ele viu seu reflexo no espelho, repleto de AUGS, vivendo em Neo Tokyo e tendo pessoas importantes para si ou mortas ou distantes, ele socou o espelho.
- Meu corpo aceita AUGS e outros objetos não-naturais mais facilmente do que os outros - Falou Jensen - Vou ouviu a minha... a Michelle falando. Eu fui criado em laboratório. Fui feito para ter essas... merdas no meu corpo.
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Re: Apartamento do Jensen
— Se você diz... — ela limpou a área do ferimento e em seguida aplicou com cuidado a injeção.
— A Sarif é realmente impressionante. Isso numa tecnologia de dez anos atrás. Se não fosse extremamente indelicado eu diria que quero comprar seu corpo depois que morrer.
Ela riu um pouco, mas em seguida se desculpou.
— Perdão, foi mais indelicado ainda dizer isso.
— A Sarif é realmente impressionante. Isso numa tecnologia de dez anos atrás. Se não fosse extremamente indelicado eu diria que quero comprar seu corpo depois que morrer.
Ela riu um pouco, mas em seguida se desculpou.
— Perdão, foi mais indelicado ainda dizer isso.
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Re: Apartamento do Jensen
- O David Sarif podia até ser um revolucionário com suas ideias, mas era a Megan quem trouxe isso para a mesa. E não é indelicado, não se preocupe - Ele falou. Riza deveria saber, se tivesse lido a ficha de Jensen quando ele foi contratado, que ele fora o chefe de segurança da Sarif e que Megan Reed, uma cientista brilhante e conhecida por ter criado os pilares que sustentavam o que eram os AUGS hoje em dia, havia sido morta na invasão a Sarif. E que fora a namorada de Jensen.
Jensen não estava tendo dificuldades para aceitar que fora modificado em laboratório, na realidade ele sempre suspeitara de algo do tipo. Sempre acreditou que o fato de seu corpo aceitar mais facilmente AUGS era um sinal de que havia mais sobre o passado dele. Mas descobrir aquilo, daquela maneira, ainda tinha deixado um certo impacto no homem, que ficou ainda mais irritado com sua atual situação.
- Não se preocupe com isso. É eu que sou irritado demais - Disse Jensen, erguendo seus braços e olhando para eles - É só que... eu não pedi por isto
Jensen não estava tendo dificuldades para aceitar que fora modificado em laboratório, na realidade ele sempre suspeitara de algo do tipo. Sempre acreditou que o fato de seu corpo aceitar mais facilmente AUGS era um sinal de que havia mais sobre o passado dele. Mas descobrir aquilo, daquela maneira, ainda tinha deixado um certo impacto no homem, que ficou ainda mais irritado com sua atual situação.
- Não se preocupe com isso. É eu que sou irritado demais - Disse Jensen, erguendo seus braços e olhando para eles - É só que... eu não pedi por isto
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Re: Apartamento do Jensen
— Isso faz dois de nós. — ela garantiu, com a mão sobre o peito. — Mas obviamente no meu caso é diferente. Não ousaria comparar. Minha vida sempre dependeu e ainda depende disso.
— Pelo menos essas armas ainda podem ser usadas para proteger. Meu coração só me traz problemas.
— Pelo menos essas armas ainda podem ser usadas para proteger. Meu coração só me traz problemas.
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Re: Apartamento do Jensen
- Não são tão diferentes assim. Sem esses AUGS eu provavelmente estaria morto agora. O que o... - Antes que Jensen pudesse continuar, ele acabou por esbarrar no controle da televisão, ligando-a.
E na televisão, uma repórter falava.
'' O ataque ao Vortex Club ocorreu essa noite, durante um evento beneficente que reunia os representantes e membros importantes de todas as empresas de Neo Tokyo. O número de feridos é por volta de vinte, enquanto o número de mortos continua a subir. Nos foi informado pela polícia que o grupo mercenário que está por trás disso chama-se Tyrant. Os Tyrants são conhecidos por seus envolvimentos em eventos ao redor do mundo, com a maioria deles terminando em um derramamento de sangue. Seu crime mais conhecido foi a dez anos atrás, durante a invasão a Sarif Industries, que resultou em diversos empregados mortos, incluindo Megan Reed, uma cientista que prometia trazer uma nova descoberta no ramo dos AUGS. Não temos ainda notícias conclusivas quanto aos possíveis contratantes dos Tyrants. Estaremos passando imagens de seus três líderes conhecidos: Jaron Namir, Lawrence Barrett e Yelena Fedorova ''
E na televisão, uma repórter falava.
'' O ataque ao Vortex Club ocorreu essa noite, durante um evento beneficente que reunia os representantes e membros importantes de todas as empresas de Neo Tokyo. O número de feridos é por volta de vinte, enquanto o número de mortos continua a subir. Nos foi informado pela polícia que o grupo mercenário que está por trás disso chama-se Tyrant. Os Tyrants são conhecidos por seus envolvimentos em eventos ao redor do mundo, com a maioria deles terminando em um derramamento de sangue. Seu crime mais conhecido foi a dez anos atrás, durante a invasão a Sarif Industries, que resultou em diversos empregados mortos, incluindo Megan Reed, uma cientista que prometia trazer uma nova descoberta no ramo dos AUGS. Não temos ainda notícias conclusivas quanto aos possíveis contratantes dos Tyrants. Estaremos passando imagens de seus três líderes conhecidos: Jaron Namir, Lawrence Barrett e Yelena Fedorova ''
- Filhos da puta - Murmurou Jensen. É claro que teria que ser eles, aqueles eram os mesmos homens que haviam arruinado a vida dele. Jensen começou a sentir dores em seu corpo, para ser mais preciso, nas exatas partes que lhe foram arrancadas por causa de Jaron Namir.
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Re: Apartamento do Jensen
A atenção de Riza foi voltada para a TV quando a repórter começou a falar sobre o Club, e permaneceu em silêncio conforme ouvia. Ao ficar sabendo da conexão deles com o passado de Jensen, ela se sentiu ainda pior.
— Melhor desligar isso e ir descansar, Ada-... Jensen.
Ela se levantou, colocando as coisas no lugar antes de levar o kit de volta para o banheiro.
— Melhor desligar isso e ir descansar, Ada-... Jensen.
Ela se levantou, colocando as coisas no lugar antes de levar o kit de volta para o banheiro.
Riza Nakano- Chefe da Nexus
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Re: Apartamento do Jensen
- Pode dormir lá na cama - Disse Jensen, levantando-se e caminhando até a janela- Eu preciso ficar acordado, seu pai pode me passar novas ordens a qualquer momento.
Jensen estava irritado. Apesar de ter conseguido descobrir um pouco mais sobre o seu próprio passado, ele tivera que ser lembrado de sua antiga falha nas Indústrias Sarif. E agora, na sua falha em proteger inocentes no Vortex Club. Sua missão até poderia ser proteger Riza, mas em sua mente, já que ele tinha aquele corpo tão poderoso, ele poderia proteger todas as pessoas ao seu alcance. Poderia até parecer altruísta de sua parte, e realmente era, porém havia um pequeno toque de auto-destruição ali. Talvez Jensen apenas estivesse esperando o momento em que finalmente morresse. Ele segurou seu copo de uísque e começou a trazê-lo para perto de sua boca, porém, conforme fazia isso, as memórias voltavam. Ele falhara com tantas pessoas em sua vida...
¹ Lembra do mercenário que interagiu com o Johan? Pois é.
Jensen estava irritado. Apesar de ter conseguido descobrir um pouco mais sobre o seu próprio passado, ele tivera que ser lembrado de sua antiga falha nas Indústrias Sarif. E agora, na sua falha em proteger inocentes no Vortex Club. Sua missão até poderia ser proteger Riza, mas em sua mente, já que ele tinha aquele corpo tão poderoso, ele poderia proteger todas as pessoas ao seu alcance. Poderia até parecer altruísta de sua parte, e realmente era, porém havia um pequeno toque de auto-destruição ali. Talvez Jensen apenas estivesse esperando o momento em que finalmente morresse. Ele segurou seu copo de uísque e começou a trazê-lo para perto de sua boca, porém, conforme fazia isso, as memórias voltavam. Ele falhara com tantas pessoas em sua vida...
Ele jogou o copo para fora da janela e sentou-se no sofá novamente, seus olhos focando-se na televisão. Começaram a passar o número de mortos. Era... alto, uma vez que haviam muitas pessoas naquela festa, muitas eram ricas e poderosas, mas haviam aquelas que haviam ido lá apenas aproveitar a noite e quem sabe doar um pouco do dinheiro que tinham. A repórter então anunciou que acharam a casa de um dos membros da Tyrant¹ e logo um vídeo de uma câmera de segurança, no apartamento do homem. Havia uma mulher debatendo-se no chão e um pequeno garotinho olhando, segurando um revólver em suas mãos. Um homem entrou e ajoelhou-se ao lado da mulher, tentando ajudá-la, porém não havia nada que pudesse fazer, ela morreu em seus braços. Quando o homem tentou se aproximar do garoto, ele puxou o cão do revólver e atirou na própria cabeça. O homem, chorando, segurou o revólver e se suicidou também.
- Mas que diabos? - Questionou Jensen, observando a cena que se passava na televisão. Aquilo não fazia o menor sentido. Sua cabeça começou a doer, já estava na hora de seus remédios. Ele não era completamente imune aos AUGS, porém a dosagem que precisava era menor.
Passou a mão em uma pequena caixinha e abriu-a, lá dentro haviam, em fileiras perfeitas, pequenas pílulas e de la Jensen puxou uma, engolindo-a rapidamente.
¹ Lembra do mercenário que interagiu com o Johan? Pois é.
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Re: Apartamento do Jensen
— Como quiser. — ela percebeu sua irritação, e preferiu não insistir. Ela nem deveria se importar tanto, afinal, quem era Adam Jensen?
A quem ela estava querendo enganar? Ela se perguntou, indo para o quarto e timidamente olhando ao redor. Ela se importava sim, com todos, a partir do momento que os conhecia. Todos sabiam disso, seus seguranças, seu pai, seus amigos. Não era preciso muito para que ela mostrasse simpatia por alguém, e era difícil fazer com que ela deixasse de se importar.
Ela hesitou um pouco, com a mão na maçaneta. Ouviu o barulho de algo se quebrando do lado de fora e o latido de um cachorro reagindo ao barulho. Ela girou a maçaneta e chegou silenciosamente na sala. Ia dizer algo, mas seus olhos foram para a TV e de lá não saíram. Ela assistiu à cena e cobriu a boca com a mão. As lágrimas borraram sua visão e seu coração acelerou, causando um pico de emoção. Ela voltou correndo para o quarto e se encolheu na cama, tremendo.
Em seu coração, revolta. O mundo ao qual ela sempre se mostrava tão doce nunca havia lhe dado mais que dor e tragédia de volta. Valia a pena ser boa? Ela não conseguiu conter as lágrimas, e apenas se abraçou, tentando tirar da mente aquelas imagens.
A quem ela estava querendo enganar? Ela se perguntou, indo para o quarto e timidamente olhando ao redor. Ela se importava sim, com todos, a partir do momento que os conhecia. Todos sabiam disso, seus seguranças, seu pai, seus amigos. Não era preciso muito para que ela mostrasse simpatia por alguém, e era difícil fazer com que ela deixasse de se importar.
Ela hesitou um pouco, com a mão na maçaneta. Ouviu o barulho de algo se quebrando do lado de fora e o latido de um cachorro reagindo ao barulho. Ela girou a maçaneta e chegou silenciosamente na sala. Ia dizer algo, mas seus olhos foram para a TV e de lá não saíram. Ela assistiu à cena e cobriu a boca com a mão. As lágrimas borraram sua visão e seu coração acelerou, causando um pico de emoção. Ela voltou correndo para o quarto e se encolheu na cama, tremendo.
Em seu coração, revolta. O mundo ao qual ela sempre se mostrava tão doce nunca havia lhe dado mais que dor e tragédia de volta. Valia a pena ser boa? Ela não conseguiu conter as lágrimas, e apenas se abraçou, tentando tirar da mente aquelas imagens.
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Re: Apartamento do Jensen
Jensen virou-se a tempo de ver Riza correndo para o quarto, com um movimento de sua mão, a televisão foi desligada e ele suspirou. Não deveria ter deixado ela ver aquilo, a garota tinha uma visão muito diferente do mundo. Coisas horríveis como aquela aconteciam todo dia, mas eram poucas as que realmente ganhavam seu tempo na televisão. Por mais que os corpos tivessem sido censurados, já não era mais um problema ético mostrar mortes na televisão, uma vez que aquilo se tornara algo tão comum.
Ele caminhou até o seu quarto, um pouco mais rápido que o normal, e sentou-se na beirada da cama. Ele pousou sua mão em cima do ombro dela, em uma tentativa de acalmá-la. A mão metálica de Jensen era um tanto fria, uma vez que não havia a tecnologia atual aplicada nela, que permitia simular um toque humano, com o calor sendo transmitido e a sensação de estar com uma pele ao invés de um metal em cima de seu ombro.
- Riza? Você está bem? - Ele repetiu a pergunta que havia feito momentos atrás, o que era natural vindo de um segurança. Porém a voz dele mostrava uma real preocupação - Quer falar sobre isso?
Ele caminhou até o seu quarto, um pouco mais rápido que o normal, e sentou-se na beirada da cama. Ele pousou sua mão em cima do ombro dela, em uma tentativa de acalmá-la. A mão metálica de Jensen era um tanto fria, uma vez que não havia a tecnologia atual aplicada nela, que permitia simular um toque humano, com o calor sendo transmitido e a sensação de estar com uma pele ao invés de um metal em cima de seu ombro.
- Riza? Você está bem? - Ele repetiu a pergunta que havia feito momentos atrás, o que era natural vindo de um segurança. Porém a voz dele mostrava uma real preocupação - Quer falar sobre isso?
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Re: Apartamento do Jensen
Ela sentiu o peso dele se sentando na cama, mas não se virou. Também não se assustou muito com o toque, que embora inesperado fora tranquilizador. Ela limpou algumas lágrimas, se sentando com as pernas em lótus. Balançou a cabeça negativamente.
— Não ligue pra isso, é só que... Imagens fortes, ou emoções, essas coisas. É como se eu fosse feita de cristal, Jensen. Não perca seu tempo comigo.
— Não ligue pra isso, é só que... Imagens fortes, ou emoções, essas coisas. É como se eu fosse feita de cristal, Jensen. Não perca seu tempo comigo.
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Re: Apartamento do Jensen
- Perda de tempo não existe. Existe tempo bem gasto e tempo mal gasto. Ajudar você é tempo bem gasto.
Jensen estava sendo surpreendentemente gentil com Riza o que era uma novidade. Ele sempre mantinha-se distante de tudo e todos, para evitar que acabasse por ferir e perder ainda mais pessoas importantes. Mas ao ver alguém tão... puro como Riza, ele simplesmente precisava ajudar. Ele perdera aquela visão boa de mundo, mas não queria que Riza também a perdesse. Eram gentileza e bondade como as dela que faziam com que ainda houvesse esperança no mundo. E um mundo sem esperança era desesperador.
Jensen estava sendo surpreendentemente gentil com Riza o que era uma novidade. Ele sempre mantinha-se distante de tudo e todos, para evitar que acabasse por ferir e perder ainda mais pessoas importantes. Mas ao ver alguém tão... puro como Riza, ele simplesmente precisava ajudar. Ele perdera aquela visão boa de mundo, mas não queria que Riza também a perdesse. Eram gentileza e bondade como as dela que faziam com que ainda houvesse esperança no mundo. E um mundo sem esperança era desesperador.
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Re: Apartamento do Jensen
Ela tentou sorrir por entre as lágrimas mas não durou muito.
— Eu sou uma idealista num mundo que não oferece muito com o que trabalhar. Numa cidade que nem parece valer a pena às vezes. Já tive dias que sai de casa e só conheci pessoas mesquinhas e que não pestanejariam antes de matar centenas por seus ideais.
Riza ergueu os olhos para os dele.
— Eu sou uma tola por acreditar que isso pode melhorar? Roubos, estupros, prostituição, máfias. Estamos em 2518 e nada mudou, parece que ainda vivemos em guerra, ou num mundo medieval. Não sei qual é pior.
Ela procurou respirar fundo para não se atrapalhar com as lágrimas.
— Aquelas crianças... que futuro elas teriam? Não importa agora, foi tomado delas. Sabe, é só... injusto.
— Eu sou uma idealista num mundo que não oferece muito com o que trabalhar. Numa cidade que nem parece valer a pena às vezes. Já tive dias que sai de casa e só conheci pessoas mesquinhas e que não pestanejariam antes de matar centenas por seus ideais.
Riza ergueu os olhos para os dele.
— Eu sou uma tola por acreditar que isso pode melhorar? Roubos, estupros, prostituição, máfias. Estamos em 2518 e nada mudou, parece que ainda vivemos em guerra, ou num mundo medieval. Não sei qual é pior.
Ela procurou respirar fundo para não se atrapalhar com as lágrimas.
— Aquelas crianças... que futuro elas teriam? Não importa agora, foi tomado delas. Sabe, é só... injusto.
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Re: Apartamento do Jensen
Jensen escutou todo aquele discurso em silêncio, ele entendia bem o que Riza estava dizendo uma vez que ele próprio já pensara assim várias e várias vezes. Houve um tempo, por volta da época que se juntou a SWAT, que Adam Jensen pensava que podia fazer uma diferença no mundo, que poderia fazer algo de bom para melhorar tudo. Então, recebeu a ordem de disparar contra uma criança de 15 anos de idade, pois seus AUGS poderiam ter armas escondidas dentro deles. Foi aí que ele perdeu a fé na humanidade. Ele começou a afagar o ombro dela, calmamente, mesmo quando ela se sentou.
- Não é uma tola, Riza - Jensen falou, um pouco mais controlado - É apenas uma pessoa boa em um mundo não tão bom. Mas vale a pena sim, apesar de todas as coisas horríveis, são pessoas boas como você que impedem que esse lugar piore.
- Não é uma tola, Riza - Jensen falou, um pouco mais controlado - É apenas uma pessoa boa em um mundo não tão bom. Mas vale a pena sim, apesar de todas as coisas horríveis, são pessoas boas como você que impedem que esse lugar piore.
Convidado- Convidado
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