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Mensagem por Riza Nakano Seg Fev 26, 2018 11:44 am

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Mensagem por Charles D. Turner Seg Fev 26, 2018 5:04 pm

As primeiras gotas de chuva podiam parecer refrescantes no subúrbio, mas ali, na Cidade Baixa, o sereno engrossava o suficiente para não ser mais chamado disso. A água penetrava os telhados frágeis e falhos das casas e estabelecimentos, sendo cuspida para fora pelos canos improvisados nas lajes, amolecendo a tintura das pichações pelas paredes, provocando correntes d'água que escorriam desamparadas pelo meio fio, e o que vinha do céu borrado era capaz de atingir a pele como uma fina navalha de tão gelada que era naquelas ruas pretensamente abandonadas.

De noite, a maioria das coisas no submundo não passavam de sombras. Silhuetas mal iluminadas, postes de luz piscando em ritmos indecifráveis, anúncios em neon, eróticos ou não, atraindo olhares anônimos. Mesmo debaixo da torrente sempre havia aquele sussurrar no ar, os motores desgastados dos carros voadores, a música abafada que escapava pelas vidraças quebradas, aquelas vozes negociando, gritando ou gemendo, expondo vidas que ninguém pediu para ver. O céu, sempre tão caótico ali, parecia se adaptar, como uma simbionte, ao povo do Distrito 8. Ficava escuro, às vezes nublado, às vezes um indefinido desfocado... mas naquela noite?
Estava vermelho.
Vermelho como o inferno.

Aí, dá pra me emprestar teu celular?- ele tinha uma jaqueta de couro bordada por um par de asas brancas surradas nas costas, cheirava a sintético molhado e couro cabeludo abafado. Seus cabelos eram meio longos, desfiados demais, e a chuva colava a oleosidade de seus fios em sua pele, por cima de seu rosto, cobrindo-o de tal forma que suas íris tão azuis não passavam de duas esferas cinzentas dentro dos olhos estreitos.—O meu já era e eu tenho que ligar pra uma garota. É importante.

— Cai fora, drogado.- Bill Wellick, patrocinador e sócio direto da Vendetta Corp, fazendo sua típica quinta-feira: depois de demitir injustamente uma media alta de trabalhadores honestos por dia, fazendo questão com que recebessem o mínimo do seguro possível, ele estava relaxando num dos bordeis do submundo. Ele preferia esses, porque de vez em quando eles possuíam garotas de quinze anos de idade ou menos. E justamente hoje ele tirara a sorte grande, dava para dizer isso em seu sorriso babaca quando ele saía do casebre, caminhara por um quarteirão e estava a poucos centímetros de seu carro quando foi parado por aquele "drogado", e agora lhe dirigia um olhar de desprezo. Um colarinho branco no meio da sarjeta era como uma lebre no meio dos leões... embora as presas, sempre tão iludidas, teimassem em achar o contrário.— Eu tenho duas balas na câmara se você tentar alguma gracinha.

Eu tenho cara de palhaço, porra?— ele pigarreou. Era difícil, mas sabia que não podia pisar na bola. Pelo menos não muito.— Qual é, cara... é só uma ligação rá-...

Um disparo.
Ele ecoou pela rua toda.
As prostitutas na esquina esconderam-se atrás de seus guarda-chuvas, o susto fez alguns bêbados aqui e ali encolherem os ombros, mas ninguém estava surpreso quando o corpo foi ao chão, imóvel no meio fio.

— Drogadinho de merda. Eu avisei.— o revólver de Bill fumaçava, e ele o guardou antes de abrir a porta do carro, que subiu à altura de sua cabeça. Antes que ele adentrasse o veículo, no entanto, uma mão puxou seu colarinho.

Que pena, amigo.— era ele. O tiro em seu pulmão não sangrava. Ele estava de pé, e seus olhos agora ardiam juntamente ao sorriso cruel em seu rosto.— Eu nunca aviso.

Ao contrário do tiro, ninguém ouviu o grito sufocante de Bill, enquanto ele se afogava no próprio sangue ao morder a língua depois de ter seu sorriso babaca deformado em seu rosto inchado... pelo menos ele conseguira estar dentro do carro. E ia apodrecer lá dentro até alguém achá-lo.

O celular.— num beco escuro e úmido, onde a chuva enchia as caçambas de lixo e garrafas quebradas, Charles entregava o aparelho manchado de sangue para um rapaz moreno, com um corte afro e roupas meio bregas. O rapaz hesitou em pegar o aparelho, olhando-o com uma reprovação clara.— Que foi, Leslie? Ta aí.

Você realmente tinha que fazer isso?
The guy fucking shot me in the chest! O que mais eu podia fazer? Dar um beijinho e pedir desculpa?
Não brinca comigo, Charles!— explodiu ele.— Nós dois sabemos que nós nem devíamos estar aqui. Isso não era parte do plano, nós devíamos esperar, esperar pra morder um peixe grande, não tentar se meter em qualquer brecha!
Tinha um peixe grande fora do aquário bem ali, Leslie.  
E você matou o cara!
Eu tava falando do celular dele, não do babaca.
Ah, ótimo! Se a Courtney souber...
Pssst.— Charles se aproximou, fazendo com que Leslie batesse as costas na parede.— Isso é uma ameaça?
Isso é uma decisão.— Leslie suspirou.— Eu tô fora, Charles.

Seus olhos miúdos piscaram uma vez. Depois piscaram outra. E então ele riu. Afastou-se de Leslie, rindo, girando sobre os calcanhares, e no giro, agarrou o outro pelos ombros e prensou-o contra o muro.

Eu sempre mandei em você, Leslie... eu faço esse grupo, eu digo quem faz o quê e o que faz, desde sempre. Agora você tá com medinho porque eu não tenho mais um channel fofo e sou da sua altura?

Leslie permaneceu em silêncio, tentando afrouxar o aperto em suas roupas.

Tá rejeitando a revolução porque tá passando dos seus limites, é isso? É por isso que se chama revolução!
Olha, eu sei que você tem um bom cérebro... mas isso tudo? E se fosse a Courtney ali, tomando aquele tiro? E se fosse eu? Nadia? Nathan? Hein?! Você tá arriscando demais, Charles.

Tudo o que houve a seguir foi o barulho do metal corroendo pela água, os estalos dos muros, o poste do beco piscando. Charles aproximou-se vagarosamente de Leslie e encarando-o de tal forma que pela primeira vez a verdadeira cor de suas íris finalmente se manifestou.

Olha pra minha cara, Romero... nós dois sabemos que eu sou louco. E não sou do tipo fofo, eu tô falando... LOUCO!

Houve um chute num lixeiro ao lado que caiu, fazendo um estrondo, e tudo o que o rapaz sentiu a seguir foi o gelado cano metálico encostando em sua testa.
Leslie permaneceu em silêncio, a arma apontada para si. A mesma arma de Bill. Com uma bala restante na câmara.

Você perdeu a noção. Esqueceu a sensação de derramar sangue no campo de batalha, mas ganhando a luta. Eu não queria te machucar, Romero... eu te amo, cara. Só queria que você voltasse comigo pro hangar, onde a gente ia hackear esse celular, achar o estoque das drogas da Darkness e acabar com tudo. Não acha que eu sou muito louco pra você dizer não pra mim...?

Leslie não teve palavras. Mas o som a seguir o fez bater a cabeça contra a parede enquanto fechava os olhos com força.

BANG!

Um tiro alto.
Mas não houveram miolos estourados. Não houve sangue, não houve dor. Ele ainda sentia o frio da chuva, cada gota escorrendo por dentro de suas roupas. Leslie demorou alguns segundos para se convencer de que a escuridão de suas pálpebras não era a vida após a morte.
E então ele empurrou Charles, que gargalhou.

Você é lunático, Charles. Tá obcecado.
Você me deu a sua palavra que ia até o fim.— ele disse, controlando o riso.— E eu te dei a minha do que eu faria caso você não fosse... te vejo no hangar.
Onde você vai ter que explicar pra todo mundo sua falha.

Charles soergueu a sobrancelha.

Quê?

Leslie ergueu o aparelho celular de Bill. A tela negra mostrava apenas um círculo de loading, mas as palavras "Erasing Process" estavam ali.

Aparentemente, o chip GOTCHA também tem acesso aos dispositivos externos. Isso tudo foi em vão.— jogando o celular para o outro, Leslie cuspiu no chão e se retirou, sumindo para uma viela mais iluminada.

Charles mordeu o lábio inferior. A tela do aparelho agora mostrava Erased, e ele abriu a bateria, onde o chip fumaçava, auto-danificado. Com um rosnado ele atirou os esquipamentos no chão, esmurrando o concreto.
Isso tudo foi em vão.
Ele havia voltado à estaca zero.
A F Society esperando por uma brecha que talvez nem viesse.

Ele tinha que pensar.
Então ele puxou a jaqueta de couro mais para cobrir-se, embora estivesse completamente encharcado, e permaneceu alguns minutos ali antes de voltar-se para mais dentro do beco.
Caminhando sem rumo.
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Mensagem por Riza Nakano Seg Fev 26, 2018 11:35 pm

Riza só enxergava luzes coloridas borradas tanto pelas lágrimas quanto pelas gordas gotas de chuva que caiam sobre sua cabeça naquela caminhada. Nietzsche costumava dizer que deve-se ter cuidado ao lutar contra monstros, para não se tornar um também. Riza havia olhado para o abismo por muito tempo, e ele a olhou de volta, e agora o mundo havia perdido o gosto. 


Todo o questionamento havia vindo nas primeiras horas. Quem merece viver? Quem merece morrer? A quem cabe decidir? A ela? A Johan? 


Valia mesmo a pena lutar pelos direitos daqueles que tornavam aquela cidade tão violenta e dependente das máfias? Ou será que havia aí algum tipo de condição, de exceção para essas pessoas? A vida do pai de família adúltero valia mais do que a do mafioso que pratica a caridade? Um pecado é maior que o outro? Uma boa ação é o suficiente para desculpar uma vida de pecados? A justiça é cega, e sua espada sem fio, a balança tombada sem pudor para um lado só. 


Na TV, se viam os peixes pequenos, os peões sendo presos, encarando suas penas sorrindo com a certeza de que, quando saíssem — por que com certeza sairiam —seriam grandemente recompensados por seus chefes. Nada disso adiantava. O inimigo era grande demais. Neo Tokyo talvez não sobrevivesse sem as máfias. 


Ela chegaria a isso para provar um ponto? O que ela acabaria provando, na verdade? Que preferia ver a cidade transformada em uma pilha de escombros, corpos e cinzas do que vê-la nas mãos de pessoas como Beyond Darkness? Beyond Darkness era uma pessoa muito melhor do que qualquer um dos grandes anciãos do Conselho. O que isso dizia sobre Neo Tokyo e a Aliança? Que seus mafiosos eram muito, muito bonzinhos, ou que as decisões oficiais do país estavam nada mãos de sádicos, lunáticos e psicopatas? Take a guess. 


Todos estes pensamentos torceram, dobraram e deformaram a sua crenças de Riza Nakano. A partir daquela noite, ela jamais seria a mesma. Ela, que sempre acreditou na bondade humana, na redenção e em segundas e terceiras chances, agora só acreditava que algo precisava ser feito, doa a quem doer. Não se faz um omelete sem quebrar alguns ovos, não é? 


Se preciso ela quebraria todos eles. 


Ela tremia sob a chuva fria, praticamente irreconhecível sob as luzes esparsas dos letreiros na cidade baixa. Ali, nem mesmo os carros terrestres passavam. Seus lábios estavam roxos, e os olhos com pupilas dilatadas olhando fixadamente para frente. Ela respirava pesadamente, os cabelos da franja colados na testa, o vestido escuro encharcado, grudado no corpo. Com um aspecto enlouquecido, ela esbarrou com força em alguém que passou por ela em um dos becos escuros. Ela deu apenas mais alguns passos, e então parou. Ela precisava de livrar daquilo. Daquele peso, dos pensamentos, das dúvidas, dos questionamentos. Tudo. Ela se virou lentamente para olhar aquele rapaz. Viu que, em sua confusão, ele havia feito o mesmo. 


Como que hipnotizada, ela caminhou até ele e tocou seu rosto, beijando-o urgentemente em seguida. Ela logo o empurrou contra uma parede e puxou sua camisa, abrindo-a e expondo seu peito, lançando os botões para longe sem se importar. Se houve qualquer tentativa de conversa, ela não respondeu, e ela sabia que homens, em especial homens como aquele... eram extremamente responsivos ao sexo. 
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Mensagem por Charles D. Turner Ter Fev 27, 2018 2:46 pm

Sua mente fragmentava cada estágio do plano como se catasse feijões. Sua cabeça estava baixa, ele andava olhando apenas seu próprio reflexo nas poças, procurando por uma isca, uma brecha, um acesso livre ao interior de um dos maiores conglomerados do mundo. "O mal se arranca pela raiz". Niezstche não disse isso, mas era igualmente real.

Porque quando o abismo olhou para o Riot, foi amor à primeira vista.

Escolhas?
Charles sabia mais do que qualquer um que aquilo era uma farsa.
Se as pessoas podem escolher entre Netflix ou Youtube, isso é realmente uma escolha? Coca ou Pepsi.
McDonalds ou Burger King. Hyundai ou Honda.
Darkess ou Lindberg. Die Reich ou La Famiglia.
Sempre duas opções merdas, e se tenta fazer com elas o melhor que se pode.
É tudo parte do mesmo grande blur. É a ilusão da escolha.
Em Neo Tokyo, metade das pessoas não conseguem escolher sua própria água potável, sua energia elétrica, seu plano de saúde.
Iphone ou PDA.
Mesmo se eles pudessem, isso ia importar?
A destruição de Neo Tokyo ou sua contínua dominação pelas máfias.
Isso não são exatamente a mesma coisa?
Era difícil acreditar
Mas Charles acreditava
Que as escolhas das pessoas foram filtradas e preparadas para elas, muito, muito antes.
Por outras pessoas.
Por aqueles no poder.
Porque escolhas são o controle. E o controle é o poder.

Dê uma arma a um homem e ele irá roubar um banco. Dê um banco a um homem e ele irá roubar o mundo.

Ele estava focado, dedicado, e tão puto da vida, mas Charles só estava assim por um motivo: ele tinha certeza.
Sobre suas convicções, sobre o que devia mudar. Sobre como o mundo devia agir. Mas ter a solução não é o desafio, é chegar até ela.
Porque se a justiça lhe era cega ele a apontaria os culpados, se sua espada era sem fio ele a daria uma M16, e se a balança pesava mais para um lado, ele estava pronto para chutá-la de seu pedestal diretamente nos traseiros de cada filho da puta que apodrecia o mundo.

Cheio de porquês, de motivos, de vontade. Talvez Charles fosse cheio do que Riza havia se esgotado: de esperança.
Mas foi exatamente quando ela caiu e ele ascendeu, que seus pavios se encontraram. Porque a mais importante das coisas eles concordariam sem hesitar:  não se faz uma omelete sem quebrar alguns ovos.

E se preciso quebrariam todos eles.


You better watch were are you goin', sunshine. - sua voz cortou a brisa após o esbarrão, quando ele parou e lançou a ela um olhar sobre o ombro.— Você não vai querer sujar esse vestidinho caro.

Mas seu cenho franzido denunciou a confusão a princípio quando ela se aproximou. Ao olhá-la tão de perto, seu rosto quase lhe pareceu familiar - mas aquela garota tornara-se irreconhecível até para ela própria, e não era Charles que podia saber de cara quem era ela.
Ele prestou atenção em seus olhos, seu aspecto caótico, e por um momento pensou em empurrá-la para longe... mas o beijo desesperado lavou essa cortesia de sua mente.

A lógica de Charles? Ele nunca negou comida quando esta lhe era oferecida.

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Mensagem por Riza Nakano Sex Mar 23, 2018 1:28 am

Nada naquilo era limpo. Ou certo, ou comum. Nada naquilo era amoroso, nem mesmo apaixonado. Era apenas o que era. Sexo. Puro, simples, primal.

As pernas de Riza se abriram, enquanto seus olhos se fecharam, ao ser domada da melhor forma possível. Quem era aquele homem? Ela não se importava. Ela só queria sexo, e era isso que ela estava conseguindo.

Sentindo a mordida em seu pescoço, ela apenas deixou escapar um esgar leve, enquanto a dor tanto de seu pescoço quanto de sua virgindade sendo arrancada violentamente se misturavam ao prazer inigualável do sexo por sexo.

Baixinho, ela implorou por mais, nem a proximidade do lixo, nem o estado deplorável dos arredores pode diminuir seu prazer. Ela se agarrou a ele como se fosse a última coisa real do mundo, e mordeu o lábio, contendo seus gemidos. 
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Mensagem por Charles D. Turner Sex Abr 06, 2018 1:23 am

A primeira estocada não esperou que Riza se acostumasse ao incômodo no meio de suas pernas, de forma que abriu caminho por si só, dura o suficiente para alcançar o limite. Quando a respiração de ambos foi expulsa dos pulmões diante daquilo, o momento pareceu congelar mesmo que a chuva não parasse de cair, enquanto a dor tomava conta dela e o prazer tomava dele, e a breve inércia deixou nítido, dentre o frio na pele e o peso no peito, o pulsar fervoroso que ele fazia em seu interior, enviando arrepios ardentes pelos corpos. Charles foi o primeiro a sair do transe, porque o instinto selvagem que havia sido despertado estava em seu auge e não iria descansar até se tornar satisfeito. A segunda investida trouxe mais dor e mais prazer, a terceira balanceou as sensações, a quarta ardeu faminta e a quinta fez com que um líquido carmesim circundasse as coxas dela até ser lavado pela chuva, e foi quando ele a ouviu implorar.

Porra, você é gostosa.— suas palavras, antes naquele tom escarrado como se ele as cuspisse no ar, agora falhavam, porque ele ia e vinha dentro dela sem qualquer pudor, sem qualquer receio que alguém pudesse aparecer naquele beco e acabar se deparando com aquela cena.— Amanhã pode acordar com uma puta ressaca, mas eu quero que lembre que eu comi você.

Ele provou que ainda tinha fôlego para chupar o lóbulo da orelha dela, descendo para seu pescoço, deixando roxos por onde passava até chegar no ponto onde seu coração de ferro batia freneticamente. Se aproveitando do decote do vestido, ele afundou-se ali por um curto período, antes de inclinar-se só um pouco para trás, afim de ver bem o que estava acontecendo lá embaixo com a ajuda da luz do letreiro neon vermelho erótico atrás de si. Ele agarrou a bunda dela com força e ela soube que ele ia acelerar os movimentos antes que isso de fato acontecesse. Por vários perfeitos segundos no beco sujo, ele começou a se mexer de verdade, a cintura dele roçando contra o clitóris, provocando-o a cada estocada. Rápido e urgente, sua respiração batia contra o queixo dela. Um de seus braços subiu pelas costas de Riza até alcançarem seu ombro, onde seu polegar alcançou os lábios comprimidos dela e pressionou-os levemente, entrando e apertando sua bochecha por dentro, de forma que ela não pudesse fechá-los mais.

Geme pra mim, anda.


Última edição por Charles D. Turner em Sex Abr 06, 2018 4:32 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Riza Nakano Sex Abr 06, 2018 2:05 am

A língua de Riza deslizou pelo dedo em sua boca, enquanto suas unhas se enterravam no pescoço e ombros dele, que estavam à mostra. Apesar de bem apertada, ela estava generosamente lubrificada, e a água da chuva lavava o suficiente dos dois corpos para que a penetração fosse mais dolorosa. Ela gostava disso. A dor a trazia de volta, assim como o prazer que se misturava a ela. 


Assim que ele ajustou os corpos para que a penetrasse mais rápido e mais profundamente, ela nem esperou sua ordem. Seus gemidos já saiam displicentemente, sem nenhuma preocupação quanto a quem ouviria ou deixaria de ouvir. Ela xingou baixinho entre um gemido e outro, e sentiu a primeira onda de seu orgasmo se aproximando. O sangue pulsando em sua pele mais sensível, ela sentiu seu interior se contorcendo ao redor da carne dele, ainda que essa continuasse a se por dentro dela rapida e ritmadamente. Ela gritou, seu corpo se contorcendo agarrado ao dele, e ela abriu os olhos e olhou para o céu, para as grandes nuvens cinzentas que encobriam completamente as estrelas. 


Foi como se as gotas de água parassem em sua trajetória, como se só existisse ela e o universo infinito. Sua respiração ecoou no silêncio absoluto e até seu coração acelerado pode ser ouvido. Seus olhos se focaram no céu ela viu além, viu as estrelas, os planetas, viu outras galáxias que se tornavam seu próprio olho outra vez. E então quando ela o fechou, as gotas novamente voltaram a cair. Seu corpo ainda pedia mais, e o rapaz parecia entretido demais para parar agora. 
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Mensagem por Charles D. Turner Ter Jun 05, 2018 4:53 am

Ruas da Cidade Baixa  1mEU8wc

Ele pode sentir o que estava vindo antes que se concretizasse. A pressão que ela começou a exercer cada vez mais forte sobre si era extasiante, e pela sede do aperto quente tanto quanto pelos gritos dela, ele forçava movimento, empurrava-se para dentro cada vez mais profundamente enquanto sua língua devorava o que estava ao seu alcance, sugando do pescoço ao colo dela quando ela gritava, o beco sujo sendo preenchido pelo som e pelo cheiro do sexo, explícito o suficiente como animais no cio. Ele distribuiu beijos por seu pescoço enquanto ela se perdia nas estrelas. Seus dedos marcaram as nádegas dela da mesma forma que suas unhas haviam marcado seus ombros, porque ele precisou segurá-la com mais força enquanto ela se contorcia, vencida pelo orgasmo, domada pelo que lhe penetrava.

À medida que ela amolecia relaxadamente em seus braços, ele ia soltando-a lentamente, os corpos se desconectando, deixando o ar frio da tempestade tomar conta do que antes era preenchido com calor. Quando Riza pôs os pés novamente no chão, ele sabia que ela estava pronta novamente - e ela soube que tinha razão: ele ainda tinha muito, muito o que saciar.

Iluminados pelo letreiro em neon vermelho, que pareceu se tornar mais intenso por um segundo, seus olhos se fitaram intensamente, talvez pela primeira vez naquele meio tempo.
Não haviam estrelas, nem planetas, nem universos dentro dos olhos de Charles.
Eles eram um completo buraco negro.
Ansiando sugar tudo à sua volta.
Sem sequer piscar, ele levou o dedo indicador à própria boca, e em seguida chupou a ponta do médio também. Um rastro de saliva desatou quando ele afastou a mão, e disse num tom que não admitia recusa:

Vira. E empina pra mim.

Quando ela cumpriu, os corpos se colaram mais uma vez. Pelas costas dela, ele sussurrava as coisas mais obscenas em seu ouvido, satisfazendo seu próprio prazer em dizê-las. E, nos momentos seguintes, ele arrancou dela o mais obsceno que podia conseguir formular.
Riza Nakano costumava ser alguém invejada pelas mulheres da rua; aquelas que só queriam condições financeiras como a dela. Mas, naquela noite, Riza também foi invejada por todas as patricinhas dos bairros nobres; aquelas que só desejavam serem completamente fodidas  por um homem.


___________________

Mas aquele homem não era qualquer homem.
Aquela mulher não era qualquer mulher.
E aquela noite, ela não era qualquer noite.

Em breve ela estaria escrita na história, com todos os detalhes sórdidos. Todos.

A morena levara embora consigo as últimas gotas da chuva. Ele viu-a dobrar no beco, desaparecendo nas sombras. Haviam se despedido da mesma forma que se encontraram: sem dizer nenhuma palavra.
Afivelava o cinto, o peito ainda arfando pesado, o relaxamento libidinoso da carne fazendo-o suspirar, sua mente completamente nublada tornando-o um andarilho saciado e sem rumo, até que algo lhe chamou a atenção: um gato preto e molhado arranhava freneticamente sua jaqueta de couro no chão.
Charles inclinou-se, puxando-a do animal, e o bichento saiu amedrontado, não pelo homem molhado e cabeludo à sua frente, mas por um brilho forte que se destacou debaixo de onde estava a jaqueta.
Os olhinhos extasiados de Charles piscaram, distinguindo a moldura retangular e fina. Era um PDA.
Pondo a jaqueta nos ombros, tomou o aparelho nas mãos, passando o dedo úmido pela logo da empresa "Nexus" na superfície do objeto. Deu o clique de entrada.
Seus olhos se arregalaram quase que instantaneamente ao lerem o que estava escrito na tela.

Bem Vinda, Riza Nakano.

Charles lançou novamente um olhar para a saída do beco por onde ela dobrara. Ele não podia acreditar.
Aquela... aquela era a herdeira da...

Nexus Corporation: opening Profile.

E incontáveis informações saltitavam na tela.

De todas as reações que ele podia ter tido...
Charles sorriu. Ele sorriu de orelha à orelha. Um sorriso sádico, sinistro.

Aquela havia sido apenas a mão invisível do destino.
Mostrando as verdadeiras cartas da mesa. Sacrificando os peões do jogo, para só então chegar ao que verdadeiramente importava: os jogadores.
Jensen, Johan, e toda a história envolvendo isso fizera Riza Nakano, a verdadeira carta premiada, estar ali naquela noite.
Porque eles, os "qualqueres", haviam sido os problemas passageiros, apenas peças pequenas do futuro que arrebataria Neo Tokyo: e aquele beco, aquela noite... ela era o começo da contagem regressiva.

E Charles podia sentir isso. Pulsando em suas veias.
Porque ele era um dos jogadores de verdade.

— Eu peguei vocês pelas bolas, filhos da puta.
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