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Mensagem por Riza Nakano Qua Dez 27, 2017 3:58 pm

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Mensagem por Gambit Ter Jan 30, 2018 12:12 am

Eu acho que já andei por esse bairro mais vezes do que já fui no Ron's Cafe perto do meu apartamento. É um território dominado, eu sei, mas tem alguma coisa nessas luzes, esses kanjis japoneses piscando por toda parte que me fazem querer voltar. E, bem, isso é um grande problema, porque eu, acima de todas as pessoas, não deveria sequer pisar os pés aqui... não depois do que aconteceu no Lotus Cassino apenas uma semana atrás. Fui querer dar uma pequena escapada do compromisso e voltar às minhas raízes de ladrão por hobbie, e eu acabei voltando até demais. Quero dizer, eu dei de cara com minha irmã que eu não via há mais de uma década e, por mais que eu tenha saído de lá deixando um baita estrago e meio de mãos vazias... eu acho que ganhei o maior prêmio que eu podia conseguir naquela noite.
Bem, eu realmente não deveria estar aqui. Eu causei muito problema pros caras perigosos, e ainda por cima só faz uma semana... mas, sendo assim, eu acho que a sorte ainda deve estar do meu lado.  

Até porque, isso é algo que não pode ser adiado. Sinto muito, cultura nipônica, mas não é somente as decorações com lâmpadas de balão que me atraem hoje até aqui. Não. Hoje eu estou "trabalhando"... dieu, como eu odeio essa palavra, mas é como eu devo chamar quando me pagam vinte e cinco mil em dinheiro para que eu roube a grana do caixa da noite e inutilize todo o sistema. Ah, eu odeio me meter nessa briga de rivais, mas é difícil recusar uma boa oferta. Além do mais, todos conhecem a lógica: se alguém mandou te roubar, vá atrás desse alguém e não do ladrão, ou pelo menos dobre o pagamento e mande-o atrás de seu ex-chefe. Ladrões são voláteis... sempre em cima do muro...
Não vou repetir o protocolo. Pode ser que alguém aqui possa me reconhecer de longe e, por mais que o Receptador, que não pôde estar me acompanhando por motivos de ressaca, tenha me aconselhado a vir na surdina, eu acho que eu chamaria ainda mais atenção se estivesse vestido  na sutileza... do quê assim...


Visual:

Se eu fosse muito discreto no estilo, eles definitivamente iam achar que eu tô aprontando alguma. E eu tô, é claro.
Sabe a parte boa? Apenas um quarto ali dentro são psicopatas. Vai ser como se eu estivesse em New Orleans... eu só espero não encontrar nenhum outro familiar aqu-...


I want you to love me
Like I'm a hot guy
Keep thinkin' of me
Doin' what you like
Oooohhh...


Tradução:

A música da Rihanna, uma famosa artista dos anos 2000, quebrou mais um dos longos monólogos que Remy fazia consigo mesmo em sua mente e, do outro lado da rua onde estava o Moonligh Garden, ele retirou o celular do bolso e soltou um longo suspiro ao ver o nome e a foto na tela.
Era uma bela mulher, morena, com lábios recheados e uma pintinha perto da boca, pousando alegremente para a foto... e o nome era "Joelle".

Porque é exatamente assim com ex-namoradas... elas sempre aparecem quando você tá perto de arrumar outra garota, ou um monte delas, pra si mesmo.

- Hey, chérie, o que eu poss-...- levando o aparelho ao ouvido, ele mal teve tempo de começar.
- NÃO ME VEM COM ESSA DE CHÉRIE, REMY LEBEAU!- o grito fez seu ouvido apitar, e ele teve que afastar o celular do rosto.- COMO ASSIM O ÚNICO JEITO DE EU OUVIR FALAR SOBRE VOCÊ ULTIMAMENTE É ATRAVÉS DE RELATÓRIOS DE CRIMES? E AGORA VOCÊ PASSOU DOS LIMITES! A YAKUZA, REMY? A YAKUZA?!!
- Escute, chérie...- ele esperou para que não houvesse reprovação imediata, e só então continuou.- Eu sei que parece ruim, bem ruim, mas tem uma boa explicação para iss-...
digo... para a maioria disso. Mas eu não tenho tempo para te explicar agora...
.
- Droga, Remy...- houve um suspiro do outro lado da linha.- Eu sei que eu sou só uma ex-namochata que se preocupa com você, mas a gente precisa dar um jeito nisso. Você ainda não é muito famoso em Neo Tokyo e está querendo chamar atenção do jeito errado. Você tem que parar, antes que alguém menos amigável vá atrás de você...
- Confia em mim, Joelle. Olha, eu juro que dentro de vinte e quatro horas você vai ouvir de mim. A não ser que eu esteja morto ou como refém em alguma base super secreta dos japoneses tatuados...
- HÃ?!- ela rosnou.- REMY ÈTIENNE LEBEAU, EU MATO VOCÊ SE VOCÊ ESTIVER EM KABUKICH-...

Ele desligou bem na hora. Argh, odiava ter que tratar mulheres assim, principalmente ex-namoradas. Odiava ter de ser grosso ou ignorante. Mas ele realmente tinha que ir.

Com seu bastão retrátil guardado no interior do longo sobretudo de couro e seus decks de baralho definitivamente bem alojados em seu cinto de utilidades, ele atravessou a rua e, quando pensou que ia passar de boa pelos seguranças, um deles levantou a mão em alto lá.

- Boa noite, pessoal.- Remy deu um sorrisinho sapeca.
- Calma aí, calças apertadas. Você tá na lista?- indagou o segurança, seriamente.
- Hmm, provavelmente não, mas eu tenho certeza que posso ligar pra quem quer que seja para que vocês me deix-...
- Não uma lista de convidados, seu francês de meia-tigela. Isso é um puteiro.
- Ah, eu notei. Não é por isso que o pessoal vem com calças apertadas?- ele sorriu novamente.
O segurança suspirou.
- Eu me refiro à lista dos mais procurados... pela máfia japonesa.
- Hã...- ele engoliu em seco.- E se eu estivesse?
- Aí você ganha uma promoção. Duas garotas por uma, pela última transa da sua vida.
-... Sério?
- Eu tenho cara de quem tô brincando?- rosnou o segurança.
- Tem.
O homem semicerrou as vistas, e Remy soltou um risinho nervoso.
- Ah, que isso, eu tava brincando. Mas não... eu não estou na lista negra da Yakuza, não que eu saiba.
- Veremos.

Foi o diálogo mais estranho da vida de Gambit, perdendo apenas para os diálogos pré-término de namoro que ele geralmente tinha muitas vezes...
Mas ele deu de ombros e, como um bom ladrão, seguiu para dentro dos aposentos.
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Mensagem por Queen of Hearts Ter Jan 30, 2018 11:11 pm

Remy mal sabia, mas ele estava na lista negra da Yakusa, sim.


Era de se imaginar que os homens do auto escalão da tradicional Máfia Japonesa não levassem desaforo para casa. Afinal, eles tinham fama de ser severos... e muito pouco pacientes, diga-se de passagem. Então, quando Queen of Hearts, ou a Rainha de Copas, sua intendente e Serial Killer nas horas vagas, disse categoricamente que aquilo não era de sua conta, eles obviamente não foram muito educados ao intimá-la a resolver a situação.



Ou seja... matar o engraçadinho que causara o caos no Lotus Cassino. Não importava de qual forma fosse, como Queen ou como seu alter-ego. Desde que o homem pagasse.


Para Queen, seria um problema arranjar confusão com seus superiores. Ela poderia, é claro, fazê-lo. Aquela pessoa não tinha lealdade a ninguém, não andava sob o julgo de qualquer outro ser humano que fosse. Mesmo Johan, o Monstro, não tinha tanto controle sobre ela como gostaria. Talvez, ele não tivesse nenhum. Mas ambos tinham um trato, e esse trato consistia em mantê-lo em Kabukicho até a poeira baixar.


Até que o plano entrasse em ação e todos vissem o fim do mundo.



Por ela mesma, só importava a morte. As cabeças sendo separadas dos pescoços, uma, a uma, criando uma pintura macabra de morte e sangue por onde quer que passasse. Sim, era por isso que ela acataria a ordem de seus superiores. Porque aquela posição lhe dava todas as vantagens que precisava, mesmo antes de Johan surgir com aquele plano. E mesmo que isso ajudasse ele de qualquer forma, a própria Queen tinha seus meios de continuar seus próprios objetivos se tudo que o Monstro imaginara desse errado.



Foi por essa razão que, sem reclamar, ela vestiu-se, colocou a máscara com a qual nunca saía sem quando era chamada para caçar, e infiltrou-se na noite. E Queen adorava a noite, com todas as suas forças. Ela poderia não sentir nada por humanos ou outras formas de vida consciente, além de um instinto predatório. Mas o anoitecer tinha algo de mágico. Os becos escuros, a iluminação carregada, coisas que pareciam espreitar na escuridão. Ela era uma Passageira Noturna, alguém que viajava quando as estrelas caíam, fosse apenas para observar a cidade adormecida, estranhamente frenética, ou para caçar.
Ela era brisa, sombras e loucura.



Naquela noite, em especial, ela havia empoleirado-se na beira de um dos prédios principais de Kabukicho. Seus olhos escuros, obviamente não naturais, prescrutaram o ambiente abaixo de si. Em silêncio, ela apenas observava. 
E observava. 
E observava. 

Então, Remy surgiu. As vestes dele chamavam a atenção total para si, e Queen aproveitou-se amplamente disso. Ela desceu agilmente, usando os AUGs em suas pernas para aparar sua queda de parede em parede dentre o beco em que decidira cair. Movimentos sutis e sem barulho algum, como os de um felino. Ela chegou a rua e parou em frente a entrada do puteiro, endireitando sua máscara, já reconhecível pelos seguranças, e passando por entre eles sem qualquer palavra ou tentativa de ser barrada.


Afinal, eles eram inteligentes.



Queen não atacou num primeiro momento. Ela apenas esgueirou-se para um canto, mantendo apenas os olhos iridescentes sobre seu alvo, ora ou outra. Do lugar em que estava, ele certamente não conseguiria vê-la por conta da sombra, já que colocara-se atrás de uma pilastra. Obviamente, Gambit estaria mais preocupado com as trabalhadoras do prostíbulo.



Chamadas de Donzelas Florais, elas eram modificadas desde quando eram um feto. Sementes eram inseridas em seus "corpos", lentamente unindo-se a sua genética. Quando nasciam, as garotas pareciam normais, mas quando atingiam a puberdade características próprias surgiam. Seus cabelos coloriam-se como as pétalas da semente que lhes dera vida. O cheiro que exalava de seus corpos também era emprestado da flor. E suas faces pareciam delicadas como pétalas. Então, elas por fim floresciam. E essa florescência, dada uma vez a cada mês, era tida como a experiência mais prazerosa que qualquer outra pessoa poderia ter em toda a sua vida. ♚ 

❀ Quando adentrou o local, Remy foi atendido por uma mulher jovem, cuja idade era impossível de se adivinhar. Ela possuía longos cabelos brancos, com um brilho sedoso, e um perfume que ele reconheceria facilmente como da flor Dama da Noite. De fato, a mulher usava uma dessas plantas como ornamento no laço dourado que prendia seu cabelo num rabo de cavalo, mas o cheiro, obviamente, não vinha da pequena flor arrancada previamente. Vinha dela. Um cheiro que atiçava, relaxava e enternecia ao mesmo tempo. ❀



❀ Ela usava um quimono igualmente branco com detalhes em dourado, pequenos fios que davam voltas por todo o seu corpo. Seus olhos eram muito claros, poderiam ser azuis, mas chegavam quase ao cinza. E não era algo feio de se ver, apesar de ser uma cor sem graça. Tudo naquela pessoa era maravilhoso e... perfeito. Criado para atrair o olhar, o olfato, o paladar e até mesmo o tato. ❀



- Boa noite, caro viajante. Eu posso ajudá-lo?
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Mensagem por Gambit Qui Fev 01, 2018 6:51 pm

- Quer apostar quanto que é sobre o calças apertadas?- um segurança mencionou para o outro.
- Que pena, acho que ele nem vai ter tempo de aproveitar a promoção.- comentou o segundo.
- Pois é... se ela deixar o corpo pra trás, vou ver se consigo levar a cabeça dele para expor na minha prateleira.- e eles riram, maldosamente, quando a tão famosa Queen of Hearts adentrou o lugar.


Oh, pobre Remy... ele realmente não fazia ideia da armadilha em que estava se metendo... como acontecia na maioria das vezes, na maioria das situações em que ele se metia.
No entanto, se depois de todas estas ele estava vivo para contar a história, talvez ele simplesmente fosse muito sortudo. Era esperar para ver se aquele seu aspecto prosseguiria com ele naquela noite ou seu rostinho realmente bonito ia acabar saindo um pouco do lugar.

De fato, Gambit nem notou, nem pensou sobre estar sendo seguido. Embora um ladrão deva ser sempre desconfiado, ele parecia distraído o suficiente com as meninas japonesas que dançavam, a música envolvente, o bom gosto da decoração. Embora as coisas ali dentro fossem um pouco tecnológicas demais para ele, assim como 99% daquela cidade, tentou prestar mais atenção nos corpos tatuados das dançarinas. Os cheiros se misturavam ali, as Donzelas Florais, as quais ele já ouvira falar, embora achasse o processo para criá-las minimamente bizarro e totalmente anti-ético, enfeitavam o ambiente aqui e ali com ainda mais cores, como se ele estivesse num jardim gigante e cheio de holofotes.

Entrar no lugar, dar pau no sistema e no caixa da noite, e sair do lugar. Com testemunhas ou sem testemunhas? Hm... o cliente não especificou isso. Na realidade, ele não especificou quase nada, e isso seria minimamente suspeito, como se ele quisesse me pôr numa armadilha - acredite, eu já passei por poucas e boas para ser paranóico assim, mas graças à Segunda Regra da Guilda dos Ladrões que diz explicitamente: "Sempre conhecer seu cliente", é claro que eu pesquisei a fundo para saber quem aquele homem é.
Steven Chandler, um proprietário de bordéis na Cidade Baixa, com uma família e uma amante, uma conta bancária com muitos zeros de dinheiro lavado e uma completa falta de bom senso no quesito estilo. Aparentemente, o cara quer dar uma falida rápida na concorrência ou seus negócios vão pro buraco. Eu observei o cara por alguns dias, sei que ele repete a mesma rotina todo dia, exceto nas escapadas infiéis. Bom... Terceira Regra da Liga dos Ladrões: Nunca se envolver ou julgar clientes.


- Cuidado por onde anda, amigo!- disse um velho gordo de bigodes largos para Remy depois do mesmo ter esbarrado em suas costas.
- Oh, pardon, monsieur¹. A culpa é toda minha.- ele sorriu meio sem graça, e o homem foi para longe, ignorando-o.

No entanto, quando a Dama da Noite se dirigiu a Remy, ele rapidamente pôs uma das mãos atrás das costas, escondendo um relógio de ouro que havia acabado de furtar do mesmo velho bigodudo.
Apenas Queen poderia ter notado, já que estava observando-o de longe e com seus olhos biônicos, que o ladrão estava esbarrando demais nas pessoas... por mais que a casa estivesse lotada aquela noite e isso não devesse parecer estranho, talvez ela pudesse enxergar quando as mãos hábeis dele, quase imperceptíveis até mesmo para sua aflorada atenção, escorregavam com agilidade por dentro dos bolsos, pulsos, pescoços e bolsas. Sabe-se lá quantos pertences luxuosos ele já havia surrupiado só nos poucos minutos que estava ali.

Quando o relógio escorregou para dentro da manga de seu sobretudo, ele encarou a menina com um sorriso de galã. Remy também tinha seu charme, e como tinha. Seu queixo era largo, bonito, seus lábios eram carnudos e suas feições masculinas eram ainda mais charmosas debaixo daqueles holofotes. Seus cabelos eram de um castanho avermelhado, jogados para o lado, meio longos e com aquele aspecto rebelde que lhe cabia tão bem. Um badboy de cinema. Mesmo que suas roupas não fossem das mais normais, isso não abafava a escultura que era seu corpo - pelo contrário, só atiçava a imaginação sobre como ele deveria ser por debaixo daquele equipamento. Utilizando um exemplo inusitado, mas condizente com a situação; se num universo paralelo houvesse um Cabaret masculino e ele estivesse disposto a isso, ele seria facilmente a atração principal.
A única coisa um tanto estranha em sua aparência eram seus olhos, cujas orbe eram completamente negras, com apenas dois pontos vermelhos no centro. AUGS brilhantes, e foi com estes que ele visualizou a jovem mulher.

- Bonsoir, mademoiselle.¹.- ele segurou delicadamente uma das mãos dela e a elevou para que beijasse por cima de seus nódulos. Seu sotaque francês apenas complementava a excentricidade daquele homem.- Si, eu espero. Eu gostaria de um...

Seu sorrisinho simpático abriu-se um pouco mais.

- Um quarto privado. Poderia por gentileza me mostrar onde eu pago por um?


¹ Perdoe-me, senhor.
²Boa noite, dama.(madeimoiselle é um tratamento utilizado para mulheres solteiras, em linguagem de cortesia social).
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Mensagem por Queen of Hearts Sex Fev 02, 2018 9:32 pm

Ha... que ratinho esperto.


É claro que Queen veria toda a movimentação do ladrão, em parte pelos seus AUGs bem evoluídos tecnologicamente, em parte pela posição em que estava, onde podia ver sem ser vista. Um sorriso macabro surgia atrás da máscara kabuki, algo que se fosse visto faria os presentes gelarem imediatamente. Aquela pessoa parecia realmente a face da morte... e ela já imaginava perfeitamente como se apresentaria para o ladrão.


Como a morte... sem aviso prévio.


Não era como se Queen tivesse algo pessoal com Remy. Na verdade, ela estava pouco se fodendo para quem ele roubava ou aonde. Notavelmente, tudo aquilo que enchera os bolsos dele não pareciam ser de sua conta. Mas ela fora enviada para matá-lo... e era isso o que faria. Para manter seu parque de diversões particular intacto, precisava sumir com aquele cara. E ela o faria sendo muito, muito paciente.


Por isso, naquele momento, ela não se movimentou. Ainda não.

❀ Com o beijo em sua mão, a Donzela Floral abaixou timidamente o corpo numa reverência delicada. No topo de seu seio direito, parcialmente visivel pela abertura do quimono, era possível ver um pequeno losango prateado. A Dama da Noite endireitou-se, abrindo um sorriso de dentes branquíssimos, algo que faria a maior parte dos homens se vangloriar e ficar totalmente sem reação. ❀


- Siga-me, meu Senhor. Irei preparar um recanto agradável a seu gosto. - ela disse docilmente, enquanto fazia um gesto com sua cabeça para que a seguisse. A Dama da Noite era uma das Donzelas Florais mais importantes e requisitadas naquele meio, e era cedida apenas para mulheres. Assim, cabia a ela passar o cliente para uma de suas parceiras. - Antes de tudo, o senhor deve escolher uma consorte. Após, eu lhe passarei uma máquina onde colocarás sua digital e automaticamente o valor será debitado de sua conta.


Ela parou de andar e voltou a sorrir candidamente para uma garota tão bela quanto ela, com longos cabelos roxos que praticamente arrastavam pelo chão. Seus olhos castanhos tinham algo de tímidos, e suas bochechas automaticamente coraram quando os dois se aproximaram de si. O cheiro de Orquídea impregnava o ar...

- Esta é Orquídea. É bastante doce... - e, obviamente, menos tímida do que parecia. A garota deu dois passos em direção a Gambit e passou seus braços pelo dele, seu rosto ficando bem próximo do rapaz.
- Me daria a honra de acompanhá-lo por essa noite, meu Senhor?
- Orquídea... - A Dama da Noite entreabriu seus lábios, pronta para dizer a sua companheira para largar o cliente, mas a outra parecia hipnotizada pelos olhos do rapaz.
- Seus olhos são tão bonitos...

❀ A mulher suspirou lentamente. ❀



- Bem... é o Senhor quem decide.


❀ A outra moça, Orquídea, piscou lentamente os olhos para Remy, parecendo a espera de uma resposta satisfatória. Teoricamente, para os dois. ❀
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Mensagem por Gambit Sex Fev 02, 2018 10:47 pm

Embora fosse definitivamente difícil desviar o olhar do limite da abertura do kimono, Remy notou o losango prateado, soerguendo uma sobrancelha sobre tal imagem. Vai que era ali onde eles abriam para colocar a bateria ou as pilhas, vai saber. O sorriso que ela dirigiu a ele em seguida limpou as preocupações de sua mente em um segundo, porém.

- Oui, ma cher. - ele seguiu-a logo atrás, não podendo evitar de abrir um sorriso satisfeito ao ouvir a explicação dela.

Máquinas para digitais.
Era tudo o que ele precisava.
Aparentemente, o trabalho ia ser mais fácil do que ele previra. Isso era quase trágico... mas as moças de kimono definitivamente salvaram a noite.
Seus olhos pousaram sobre a Orquídea, e ele estreitou as próprias pálpebras com um sorrisinho, assumindo uma aura apaixonadinha na mesma hora.

Acho que sou mil vezes mais idiota diante de um rostinho bonito...

- Senhor? Você pode me chamar de Remy, cher. E eu posso contar nos dedos as vezes que me disseram isso, mon chérie, mas definitivamente nunca soaram tão encantadoras como agora.-ah, como ele gostava daquela parte. Jogar o charme... e ser devidamente retribuído. Essa primeira parte era de praxe, mas a reciprocidade da garota era quase um bônus. Ele sentiu os braços dela ao redor de seu pescoço, e seu sorriso galanteador alargou-se quase de orelha à orelha.- Eu acho que vai poder olhar para eles a noite toda, porque não vou ser capaz de desgrudá-los de você.

Bom, diante das palavras dele, a confirmação de que Orquídea seria a premiada já estava explícita.
Gambit preparou-se para firmar a compra, aguardando pela máquina que seria trazida, como descrevera a Dama da Noite.
Ah... ele podia reclamar o quanto quisesse sobre a tecnologia, sobre o quanto ela tornava seus roubos mais complicados, mais demorados, mais arriscados... mas ela certamente tornava tudo mais divertido.
Porque ele não era apenas um caipira, um cajun ladrão tentando a fama em uma cidade dominada pelo futuro.
Ele era Gambit.
Ele era um ratinho esperto.
Portanto, ele dançava conforme a música, não importava onde estivesse. Se ele não podia fazer algo, arranjava alguém que fazia, e então seu toque de mestre era o que tornava tudo ainda melhor.
Ladrões são definitivamente pragas... não todos, mas os que tem o espírito criminoso.
Ele agradeceu mentalmente a sua irmã, e ao Receptador.
Os AUGS de Gambit eram poderosos, muitos ainda não sabiam dos limites daquela obra, mas ele sabia, e conhecia-os como a palma de sua mão...
E com a palma de sua mão isto significa que um toque no aparelho e Remy só precisaria ativar seus AUGS internos, distribuindo por seus dedos uma quantidade de energia cinética pelo dispositivo, não o suficiente para carregá-lo como um potencial explosivo, apenas o bastante para que suas placas fossem corrompidas e não houvesse nenhum tipo de alarme quando o aparelho fosse transferido para uma conta de banco fantasma especialmente desenvolvida pelo Receptador, e uma vez que os sistemas se conectassem buscando seu pagamento, a confirmação da compra seria imediata, mesmo que nenhum tostão real, nem em bitcoins, fosse de fato depositado no sistema do Moonlight Garden.
E, uma vez que os sistemas tivessem feito contato...
Seria uma questão de oito minutos, talvez dez...
Para que o vírus desenvolvido pelo seu amigo hacker infectasse a tecnologia do bordel, zerando suas vendas e atividades.

- Prontinho, mademoiselle.- ele disse ao retirar o dedo indicador do dispositivo, sorridente. Era incrível o quanto ele conseguia sorrir na maior cara lavada depois de simplesmente ferrar com o trabalho das pobres meninas.- Deveríamos ir agora?

E torcer pra que no quarto privado tenha uma janela... ou é pedir demais?
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Mensagem por Queen of Hearts Sáb Fev 03, 2018 7:14 pm

- Nesse caso... agradeço pela sua preferência, meu senhor. Espero que obtenha uma noite memorável.


❀ A Dama da Noite fez mais uma vez uma calida reverência, como uma flor que se desabrocha com um mero movimento. Suas pernas finas e muito brancas moveram-se em direção a escadaria que levava aos andares superiores, guiando Orquídea e Remy ao seu devido quarto, recém-comprado (não poderia saber, às custas delas). ❀

❀ Os olhos da Donzela Floral de cabelos roxos ficaram por um bom tempo nos de Remy depois da confirmação do mesmo. Seus lábios cheios, mas delicados, subiram para encostar-se no ponto bem próximo a boca do ladrão. ❀



- És gentil. Vou retribuir-te a gentileza. Venha comigo, Querido Remy. - a mulher tomou-o pela mão, adentrando uma das portas de correr japonesas que a Dama da Noite acabara de abrir. Era possível ouvir vagamente sons eróticos vindos de outras direções, mas devida a música que tilintava pelo local, eles ficavam bastante disfarçados. O quarto em que agora estavam era todo decorado com flores, que subiam pelas paredes até o teto. Havia, de fato, uma janela para o lado de fora, e uma cama baixa, assim como duas mesinhas de cabeceira, provavelmente com todo o tipo de estimulante que se poderia pedir. Havia uma suave fragrância de incenso no ar, mas esta era quase que totalmente embotada pelo cheiro de Orquídea que a Dama Floral escolhida por ele emanava. O quimono dela roçou pelo chão quando a parte superior afrouxou-se um pouco e ela ficou na ponta dos pés para chegar seu rosto perto do dele. - Eu posso pedir-te um beijo?

❀ A Dama da Noite, por sua vez, passou um pequeno cordão de ceda pela frente do quarto, uma prova de que este estava sendo usado naquele exato momento, e então voltou-se e desceu lentamente a escadaria que levava ao salão principal.

Ela certamente não veria quando um vulto macabro passasse naquela direção, algum tempo depois. ❀
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Mensagem por Gambit Dom Fev 04, 2018 9:10 pm

Quando a Orquídea aproximou-se para beijar no canto de seus lábios, ele sentiu um arrepio súbito e extremamente jubiloso percorrer seu corpo, esquentando-o por debaixo do sobretudo. Foi como uma recarga de energia, e sobre energia ele entendia bem. Gambit podia ser charmoso e quase hipnótico à maioria das mulheres, mas isso não queria dizer que ele próprio era imune à sedução delas...
Muito pelo contrário, tadinho. Algumas vezes ele conseguia ser um completo iludido.

No entanto, não daquela vez - pelo menos assim ele pensava.
Assim que retirara o indicador daquele dispositivo, ele soube claramente que estava rico. Oh, sim, finalmente uma vitória após o "meio fracasso" que foi no Lotus Cassino. Não lhe sobrara praticamente um tostão, pois metade ele dera à Mega pela ajuda, a outra ele fizera chover no cassino como se fosse o maldito Robin Hood e a terceira parte... bem, alguém tinha que tirar sua irmã da cadeia, não? Era melhor perder mais dez mil do quê seu orgulho, diga-se de passagem.

Foi exatamente por este motivo que ele não se sentiu realmente aliviado ao ver que uma janela realmente existia no quarto privado. Digo, ele teria que escapar dali, não demoraria tanto para o sistema cair e, por mais que fosse difícil chegarem até ele, ele não subestimaria mais os japoneses. De toda forma, talvez, apenas talvez, se não houvesse aquela janela ali... talvez ele pudesse desculpar-se mentalmente para... bom... demorar ali um pouco mais.

"Posso pedir-lhe um beijo?"

Ele viu o quimono dela afrouxar, o hálito dela batendo contra seu rosto, aroma puro e doce, o ambiente completamente afrodisíaco ao seu redor e uma mulher completamente entregue a ele...
Ele tinha que dar no pé, o melhor plano sempre era esse. A parte fácil de um assalto é entrar no local, e a mais difícil e perigosa sempre é sair. Não é pegar o relógio de pulso ou a bolsa da moça, mas sim sumir com eles depois. Isso estava se repetindo ali também, com o corpo da Orquídea perigosamente próximo ao seu...
E sua mente quis apagar a tentação da janela de sua visão, e ficar apenas com a outra tentação.
Se pensasse bem, ele estava rico. E tinha tempo, coisa rara em roubos. E, deus, ele pode explodir paredes se quiser.
Qual mal poderia acontecer se ele ficasse um pouco?
Não era como se uma samurai louca e psicopata fosse adentrar o quarto de repente e decepá-lo a sangue frio num momento íntimo, não é?



Talvez duas mil vezes mais idiota... por um rostinho bonito...


Com um sorriso lascivo que não deixava de ser menos bonito de se ver, Remy enrolou uma das mechas roxas em seu dedo, penteando-a para trás da orelha da Orquídea.

- Uma garota como você não precisa pedir nada a mim, chérie. - ele aproximou o rosto do dela, suavemente escorregando a mão por seu queixo até parar no pescoço.- Não é como se eu pudesse recusar. Você tem todos os "sim" do mundo. - e ele a beijou, calidamente. Foi como uma viagem ao paraíso, porque era assim que o contato de uma menina nascida para ser tão sedutora com um galante nato deveria ser. Como ele beijava bem...
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Mensagem por Queen of Hearts Ter Fev 06, 2018 9:35 am

❀ Quando se trabalha num ramo que envolve dar prazer aos outros, há sempre altos e baixos. A performance precisa ser espetacular, para agradar o cliente, para fazê-lo sentir-se absolutamente satisfeito, não importa qual tipo de fetiche tenha - ainda que, obviamente, haja limites para o que um cliente pode ou não pedir em certas casas noturnas pela cidade. Obviamente, as vezes chega a ser bem frustrante para algumas senhoritas, que não conseguem receber nem metade do prazer que proporcionam de volta. Afinal, elas não estão ali para serem servidas, mas sim para servirem. Ainda assim, há aquele tipo de cliente irresistível. Aquele tipo que faz todos os outros infortúnios da noite valerem a pena. ❀


❀ Remy certamente era daquele tipo. Um sorriso que era, paradoxalmente, tímido e sedutor escorregou pelos lábios de Orquídea, antes que eles se encontrassem com o do ladrão. O beijo dele era uma das coisas mais maravilhosas que ela já provara, e mesmo que ele tivesse tido muitas e muitas parceiras, poucas poderiam causar o mesmo efeito que uma Donzela Floral. Ela poderia até não ser a sua melhor, mas certamente estaria entre as melhores. Muito lentamente, ela deixou o quimono escorregar pelo resto do corpo, exibindo curvas delicadas e uma pele pálida feito a lua. Generosamente, enquanto o beijava, os dedos ágeis iam tirando lentamente peça por peça das vestes extravagantes dele. ❀


❀ Era uma tentação que ele não conseguia evitar, por mais que tentasse. Orquídea, assim como as outras cortesãs e meretrizes daquele antro, havia sido criada para aquilo, para proporcionar um prazer tão incrível que só alguém com muita força de vontade poderia recusar. Não que Remy não tivesse força de vontade... ele apenas poderia estar encantado. E havia razão para ser assim, todas as razões do mundo. Mesmo que ele quisesse escapar do quarto após algum inconveniente, aqueles breves momentos seriam preciosos em sua mente. Uma memória agradável implantada a gentileza e carícias. ❀


❀ Enquanto os toques ficavam mais invasivos de ambos os lados, ele poderia ver enquanto o losango localizado bem no meio das costas dela começava a florescer, pequenos galhos e folhas de orquídea desenhando-se lentamente nas costas dela, enquanto o cheiro adocicado da flor sobrepujava o incenso. Ela puxou-o para a cama, deitando-se abaixo dele e murmurando palavras doces, exaltando a beleza de Remy, sua habilidade e força. Suas palavras eram delicadas, como dito anteriormente pela Dama da Noite, aquela Donzela Floral era realmente doce. Orquídea possuía um linguajar suave e convidativo, e apesar de não ter palavras vulgares e eróticas envolvidas, conseguia excitá-lo e animá-lo. ❀


❀ De fato, mesmo que fosse algo breve, mesmo que fosse por muito pouco tempo, Remy viu-se unindo-se a Orquídea na maneira mais íntima que um homem e uma mulher poderiam se unir. ❀


❀ Entretanto, isso não durou. ❀

Em defesa da Dama da Noite, da própria Dona do Bordel conhecido como Jardim do Luar e da própria Orquídea, não havia como elas saberem o que a Foice da Yakusa ou Queen of Hearts, faria ao adentrar aquele antro. Na realidade, elas receberam ordens de deixá-la passar toda vez que era necessário, mas essas pessoas quase nunca notavam a presença da mulher na casa, a menos quando era tarde demais. Porém, desta vez, a Rainha estava mais sádica que o normal.


Com efeito, não tinha como elas saberem que uma das suas acabaria tornando-se uma vítima também.



Enquanto Remy e Orquídea compartilhavam de um curto momento de prazer sublime, ela adentrou o quarto. Sem fazer qualquer barulho, silenciosa como um fantasma, ela retirou a seda da entrada, abriu a porta e ergueu sua foice. E, em algum momento que o ladrão certamente não teria notado como ou quando acontecera, mesmo com seus sentidos super apurados - verdade seja dita, mais do que nublados pelo prazer da companhia de sua companheira - a cabeça de Orquídea foi removida separada do pescoço por um golpe limpo e veloz.



Ele poderia sentir nitidamente um corpo semi-metálico deitando sobre suas costas suadas, as mãos parando sobre seus ombros musculosos na medida certa e um rosto mascarado descendo a altura do seu próprio, ficando lado a lado com o dele.



- Eles se enganam... só a parte superior de uma flor é realmente relevante. Quem precisa do caule, afinal de contas? - uma intenção assassina foi nitidamente sentida da parte de Remy quando aquela máscara voltou-se diretamente para o rosto dele. - Olá... Ratinho.


E no travesseiro abaixo dele o doce e delicado rosto de Orquídea permanecia, separado totalmente do resto do corpo, sem sequer deixar entrever o susto ou a incompreensão da crueldade que acabara de ser praticada contra ela.
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Mensagem por Gambit Seg Fev 19, 2018 6:47 am

Remy tinha apenas uma simples e clara regra: nada de mortes.
Crescer na Guilda dos Ladrões, vivendo de crimes e se escondendo no submundo soava como uma infância que poderia ter definitivamente deturpado sua ética e sua moral, mas foi exatamente o contrário; crescer entre os códigos e leis daquele povo o fez adquirir uma percepção de mundo sorteada por pouquíssimas pessoas, ainda mais rara nos domínios de Neo Tokyo: compaixão.
Embora tivesse sido doutrinado para ter o sangue frio, isso só surgia algumas vezes. Na grande maioria, Remy era um homem com seus próprios limites muito bem esclarecidos e estava mais do que satisfeito com isso. Em Neo Orleans, antes de se unir aos Ladrões, vivera no meio de prostitutas, adotado por elas. Portanto, lugares como o Jardim do Luar ainda tinham a sensação nostálgica de casa para ele. Por mais que tivesse roubado impiedosamente cada salário de cada subalterna ali e por mais que nunca realmente fizesse questão de se importar com as consequências de seus assaltos, naquela noite ele o fez porque sabia que o Moonlight Garden ia se recuperar de qualquer forma, e aquelas moças ficariam bem. Em sua mente, ele podia até estar usufruindo de um serviço sem pagar, mas como Orquídea poderia perceber, o sexo com aquele homem era recompensante por si só. Ele se esforçava e não era rude, nem exigente, tão atencioso quanto experiente e tudo isso tornava cada toque ainda mais especial. Era quase como se ambos estivessem num encontro casual, onde dava para distinguir o momento de volúpia do momento "fdp de carteirinha" dele. Pelo menos ele estava satisfeito em fazê-la sentir-se bem.

Todas as duas vezes que teve uma morte sobre seus ombros, isso acarretou-lhe não somente culpa, como também virou sua vida do avesso. Gambit podia ser muitas coisas, mas no fim ele era apenas um ladrão... não um assassino.  

No entanto, se comparado à sua pretensa caçadora, ele podia até ser o mais puro dos anjos.

Se ao menos ele soubesse... ou se tivesse percebido um segundo, talvez um milésimo antes. Se ao menos ele tivesse feito o que estava previsto, fugido para longe, ao invés de se deixar levar pela própria vaidade, e acabar caindo no velho truque da calmaria antes da tempestade...

Em um piscar de olhos, ele estava coberto de sangue. A visão do rosto corado de Orquídea voando para longe foi algo que seu cérebro ágil não processou, e o instinto assumiu seu corpo, que fez um impulso para trás, se afastando, mas foi em vão.
Ajoelhado sobre os lençóis completamente empapados de sangue, ele sentiu quando alguma coisa gélida e metálica tocava suas costas úmidas e quentes. Ele quis se encolher com a sede de sangue que tomava o antro como uma doença, os poderosos AUGS escuros não realmente enxergando nada à sua frente, tamanho o choque.

Da última vez que estivera coberto do sangue de outro, ele assumira a culpa pelo que acreditava ser um bem maior.
Pela segunda vez que suas mãos foram lavadas com o sangue de mais de mil inocentes, ele tentou fugir da culpa e da vergonha.
E agora que estava novamente manchado de vermelho... a culpa pesou como nunca sobre seus ombros, tal qual as mãos da Foice da Yakuza fizeram.
E a culpa... é o que destrói qualquer ladrão.

Sua mente parecia lotada, sem conseguir realmente entender a situação. E isso era crucial para que ele agisse, porque ele sabia que tinha que agir.
Ouvindo as palavras dela e encarando a máscara, ele soube de quem se tratava... era impossível não reconhecer a tão famosa Queen of Hearts. Essa informação pareceu querer paralisá-lo novamente, mas ao invés disso ele ergueu lentamente as mãos completamente à altura do rosto, como numa abordagem policial. Ela pode perceber que ele estava muito, muito trêmulo.

- E-Escuta... eu posso devolver cada centavo, eu prometo.- quão humilhante era dizer aquilo, quando se é um ladrão? O fato é que Gambit tinha a sublime vantagem de tirar proveito e se divertir até sob a mira de mil canhões. Ele definitivamente não estaria tão assustado caso a foice estivesse apontada para seu pescoço... mas a morte violenta de Orquídea torceu a situação do avesso, e agora ele encontrava-se completamente desarmado.
Um riso muito baixo e nervoso afogou-se no fundo de sua garganta, ele pareceu perceber que aquele não era um bom argumento, não diante daquela assassina. E não tardaria a perceber que palavras eram em vão. E, quando pensou em tentar uma vez mais, a visão da cabeça de Orquídea tão próxima de si o fez fechar os olhos com força e desviar o rosto, os cabelos castanho-avermelhados soltos caindo por cima dele.- Mon Dieu...

Ele engoliu em seco e pigarreou.

- Ok, você tem três... - houve um brilho rosa choque que se alastrou pelo lençol abaixo dele. Havia energizado-o antes de erguer as mãos.- Três segundos pra dar a privacidade que um homem nu precisa.

Suas mãos erguidas ao lado da cabeça o apoiaram quando ele executou uma veloz cambalhota sobre o colchão, indo à frente e se livrando do toque dela, e no meio do movimento ele chutou o pano explosivo no rosto mascarado, mesmo sabendo que ela poderia facilmente rasgá-lo com a foice, uma explosão ainda seria suficiente para empurrá-la se ela mesma não se afastasse antes.
Ele recolheu sua calça e a vestiu num piscar de olhos, para em seguida olhar de Queen, onde quer que ela estivesse, para a mesa de cabeceira, onde o restante de seus pertences - incluindo seu famigerado deck de cartas de baralho - parecia inalcançáveis, visto que provavelmente ela já provavelmente estaria indo para cima dele de novo. Foi então que seu bastão retrátil também sobre a mesinha esticou, tomando pouco mais de um metro e sessenta de altura, e então Gambit foi capaz de alcançá-lo, girando o corpo para cruzá-lo diante de si, em posição de defesa.

Caso ela viesse para cima dele com a foice, ele provavelmente cairia no chão, mas travaria o golpe dela, já que aquele metal era forte o suficiente para aguentar a pressão da grande lâmina, mesmo que por um momento.

- Você mata inocentes como se isso fosse apenas ossos do ofício, femme. Não, como se fosse prazeroso.
- ele deu uma olhadinha rápida para a janela, seu provável único meio de fuga, e semicerrou as vistas para a mulher novamente.- Pelo visto eles mandaram artilharia pesada contra um simples ladrão. Será que  eu pisei no calo deles?  
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