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Inferno em Beijing/ Visão dos Fliegende Götter

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Inferno em Beijing/ Visão dos Fliegende Götter Empty Inferno em Beijing/ Visão dos Fliegende Götter

Mensagem por Convidado Sáb Jan 13, 2018 2:26 pm

Não havia um pingo de nervosismo no pequeno corpo de Tanya Degurechaff. Apesar de ser pequena e suas feições lembrarem a de uma criança, ela deveria ter por volta de 20 anos  de idade e já era a capitã de seu próprio esquadrão. Os Fliegende Götter. Os Deuses Voadores. O orgulho da Alemanha.
Juntara-se ao exército por ter um senso de justiça e patriotismo elevado, quando tinha apenas 18 anos. Sempre fora mais difícil para mulheres se juntarem, porém ainda mais para Tanya uma vez que ela realmente se parecia com uma pequena mädchen ( menina ). Porém, em seus primeiros anos servindo ela demonstrou tamanha habilidade, tanto em combate como em estratégia, que subir pelas patentes foi como dançar ao ritmo de uma música tranquila.

Haviam muitos que invejavam sua rápida ascensão, porém a grande maioria realmente a idolatrava. Até mesmo aqueles que estavam acima dela desejavam vê-la logo ao lado deles, pois uma mente como aquela não pertencia aos baixos escalões. Levou dois anos para que se tornasse uma capitã e apenas dias após sua promoção, ela recebeu um convite. O cientista Bernhardt Klippel estava criando um novo equipamento, junto de Bertolfo Territo da Itália e Moskvin Konstantinovich da Rússia. Um projeto novo de Wingsuits, para infiltrações rápidas e precisas.

Um novo esquadrão deveria ser criado e a honra caíra sobre o exército alemão. As tensões que levariam para a Guerra da Eurásia estavam prestes a estourar e a Bundeswehr ( Defesa Federal ou Forças Armadas da Alemanha ) precisava estar pronta para uma guerra. Tanya aceitou o seu dever com orgulho e para ela foi dado um esquadrão, o Fliegende Götter.


Foram necessários meses e mais meses de treinamento para que todos pudessem atingir a perfeição que Tanya almejava. Muitos buscaram desistir e outros começaram a ter crises de raiva e choro. Porém, no final, eles eram o esquadrão mais formidável que a Alemanha tinha a sua disposição. Realmente eram Der Stolz Deutschlands ( O Orgulho da Alemanha ). Seu esquadrão era pequeno, consistia de 15 soldados. 13 homens e 2 mulheres, contando com a própria Tanya.

A outra mulher e sua intendente era Viktoriya Ivanovna Serebryakov. E ela, na opinião de Tanya, não pertencia ao seu esquadrão. Ela a conhecera quando era apenas uma Aspirante, que havia acabado de se juntar ao exército. Em questão física? Perfeita. Saúde mental? Estável. Sua mira? Excelente. Sua personalidade? Boa demais. E era aí que estava o problema.

Serebryakov era uma pessoa doce e boa, sempre preocupando-se com todos ao seu redor, ajudando aonde podia, sendo uma pessoa boa no geral. Tanya já havia tomado parte de batalhas menores sem a presença de seu esquadrão, pois eles não eram necessários em combates fáceis. Ela vira o terror da guerra e fora abalada. Tanya das Böse, ou Tanya The Evil ou Tanya a Má como era conhecida pela sua frieza em ataques planejados.


Essa mesma Tanya sentira seu estômago revirar em combate, vira em primeira mão o inferno na Terra e sabia que aquilo podia piorar. Ela não queria levar uma pessoa tão boa como aquela para a guerra. Pessoas como ela nunca deveriam presenciar coisas tão horrendas. Porém, fora essa mesma bondade que a levou para o exército, servindo como uma médica e socorrista.

- Que Deus me perdoe – Murmurou Tanya, sentada em sua barraca metálica, momentos antes da invasão em Beijing. Serebryakov havia participado da Batalha de Xining e voltara marcada, em um estado ainda pior do que Tanya. Ela vomitara constantemente e não conseguira dormir a noite, seus olhos cravados no teto. Tanya queria manda-la para casa, porém a mesma se recusara ao ouvir essa proposta – Serebryakov, você não pode morrer aqui.

Os outros homens de seu esquadrão eram soldados veteranos, já haviam participados de outras batalhas e sabiam bem como a guerra podia ser terrível. A única novata ali era Serebryakov e ela agora adentrava a tenda de Tanya.

- Segunda-Tenente Serebryakov se apresentando! – Ela disse, batendo continência perante Tanya, que gesticulou para que a mesma se sentasse na cadeira que havia na sua frente.

- Serebryakov, você serviu a esse esquadrão e ao nosso país maravilhosamente. Essa batalha promete ser a Batalha das Batalhas. Você acha que está pronta para isso? Se não estiver, podemos enviá-la para casa, não há desonra nisso – Falou Tanya, os olhos da mulher arregalando-se conforme a loira falava.

Serebryakov, se comparada a Tanya, era alta, com 1,74 metros de altura, cabelos curtos castanhos e olhos cinzentos e bondosos. Ela trajava o uniforme do exército, com sua insígnia de Leutnant ( Tenente ) em seu ombro. Ela olhou para o chão, por um momento, antes de seus olhos subirem para encontrarem o de Tanya.

- Me perdoe, senhora, mas quero ficar e ajudar. Depois do que eu vi... depois do que eu fiz, voltar para casa enquanto meu companheiros morrem seria uma desonra sim – Ela podia ouvir a determinação na voz dela – Sem falar que, se eu for, quem vai enviar suas mensagens para o general?

Tanya deu um pequeno sorriso e uma risada nasalada, dispensando a mesma com um movimento de mão. Quem sabe ela realmente não precisava se preocupar tanto com Serebryakov, ela parecia estar pronta para a guerra.
 
DUAS HORAS DEPOIS/ CÉUS ACIMA DE BEIJING

- Nossa missão é simples homens! – Gritou Tanya, dentro de um VTOL alemão, voando a vários e vários metros do chão – Nós devemos destruir as armas antiaéreas dos Chineses! Aqui em cima elas não nos atingem, mas nossas aeronaves não conseguem fazer porra nenhuma também. Elas estão localizadas no centro da cidade, onde a batalha terrestre está prestes a acontecer! Será o nosso ataque que sinalizará o começo do combate! Dúvidas? Ótimo, se preparem e peguem suas Wingsuits.


- Ja, Kapitän! ( Sim, capitã ) – Gritaram os seus soldados em resposta, a voz de Serebryakov se destacando das outras.

A própria Tanya equipou-se com sua Wingsuit e logo as comportas do VTOL se abriram. Após um minuto que mais pareceu demorar uma eternidade, eles saltaram. A ordem era abrir a Wingsuit a 1.000 metros do chão, para que pudessem planar e evitar qualquer fogo inimigo quando, inevitavelmente, fossem avistados.

Porém, ao chegar a exatos 1.200 metros dos chão, um disparo enorme explodiu um dos soldados de Tanya, não deixando restos. As armas antiaéreas utilizavam da tecnologia Gauss, que concentrava eletricidade e a disparava em uma quantia o suficiente para explodir um ser humano em pequenos pedaços. O Robô Investigador Gesicht possuí uma versão em miniatura de uma arma dessas, em seu braço.

Entretanto, os canhões antiaéreos eram uma versão maior e mais potente, fazendo com que a obliteração de um de seus soldado causasse, além de desespero, uma onda de choque que percorreu o corpo de outros três, matando-os naquele mesmo instante. As Wingsuits foram abertas e logo eles começaram a planar, esquivando-se de projéteis e disparos Gauss, quando estavam próximos do chão, puderam ver os exércitos Italiano e Russo invadindo o centro da cidade, matando e destruindo tudo em seu caminho.

Assim que Tanya tocou o chão, ela livrou-se rapidamente de sua Wingsuit que em terra só seria um peso extra e rapidamente movimentou-se para perto de uma das colossais armas antiaéreas, eliminando dois soldados Chineses no processo. O resto dos inimigos estava em completo caos, uma vez que vinham ataques de todos os lados. Serebryakov aproximou-se de uma das armas e grudou um explosivo na mesma.

- Gepflantzer Sprengstoff! ( Explosivos plantados! ) – Gritou ela, afastando-se logo em seguida. Aquela era apenas a arma principal, haviam outras espalhadas pelas fronteiras da cidade, mas essas haviam sido desativadas quando os exércitos chegaram. Havia mais uma, mais ao fundo dentro do palácio do governante chinês.


Quando afastaram-se, o explosivo plantado por Serebryakov explodiu, fazendo com que a enorme e imponente arma se tornasse inútil. Os chineses recuavam mais e mais para perto do castelo da cidade, enquanto os Russos, Italianos e Alemães tomavam controle do centro da cidade.


- Hans! Hans! – Gritou Serebryakov, começando a correr para perto de um dos soldados de Tanya, ele estava de joelhos no chão, segurando o corpo de outro soldado de Tanya, o próprio irmão de Hans, Hinrich Von Strauss.


- Ele está morto – Alguém falou e logo em seguida Tanya notou que fora ela própria que falara aquilo. Hinrich fora um bom homem, possuía uma família na Alemanha, um pequeno garoto e uma esposa que esperavam o retorno dos dois irmãos.

- Não, não! – Gritou Hans, abraçando ainda mais o corpo de Hinrich. Quando Viktoriya, a médica do esquadrão, aproximou-se para checar, Von Strauss a empurrou para longe e voltou a abraçar o corpo de seu irmão – Deixe ele! Deixe ele!

- Hans... – Murmurou Serebryakov, afastando-se de Hans.

- Kitayskiye ublyudki ( Chineses filhos da puta ) – Murmurou um soldado russo, atrás de Tanya, vendo aquela e várias outras cenas igualmente terríveis ao seu redor.

- Hans, recomponha-se – Disse Tanya, aproximando-se do homem que segurava seu irmão com uma enorme força.

- Chi è questa ragazza? ( Quem é essa menina? ) – Questionou um soldado italiano, apenas para tomar um tapa na nuca de seu oficial.


- Silenzio, idiota! Questo è Tanya il Male ( Silêncio, idiota! Essa é Tanya, a Má ) – Censurou-lhe um oficial, provavelmente um capitão também.

- Não, não, não – Era tudo o que Hans falava.

- É inútil – Murmurou Tanya – Serebryakov, entre em contato com o quartel general, informe a situação de Hans e Hinrich. Ele tem minha permissão para voltar para casa e enterrar seu irmão. Ele merece um funeral digno.


4 HORAS DEPOIS


A missão dos Fliegende Götter ainda não havia acabado, mesmo sobrando apenas cinco dos originais quinze membros, eles serviriam ao lado do resto do exército, na invasão ao Yiheyuan, o Palácio de Verão de Pequim, onde residia Zhang Xun, o governante da China. A invasão seria simples e bruta, um verdadeiro choque entre exércitos.

Com o passar dos anos, o castelo havia sido modificado e recentemente reforçado, ele conseguia aguentar tiros dos mais diversos tanques e possuía incontáveis soldados preparados para combate dentro dele. Uma fortaleza impenetrável, era o que diziam. Com armas em mãos e sua pistola modificada para ficar parecida com uma Mauser C96 em sua cintura, Tanya conversava com os oficiais dos outros exércitos.

Já estava quase anoitecendo quando o primeiro ataque aconteceu, com vários soldados avançando ao mesmo tempo, disparos sendo feitos. Lá em cima, nas muralhas, soldados chineses abatiam os invasores, protegendo o castelo de seu regente. Em algumas casas próximas também haviam soldados inimigos.

As ordens de Tanya e do que restara de seu esquadrão eram simples. Eliminar os soldados inimigos nessas casas. E foi isso o que fizeram. A primeira casa possuía um total de sete inimigos que rapidamente caíram nas mãos dos Fliegende Götter. Se bem que, agora que já não estavam mais com suas Wingsuits, Götter der Erde ( Deusas da Terra ) era um nome que funcionava melhor.


Haviam três casas a serem invadidas, a primeira fora onde ocorrera um massacre total, com o esquadrão de Tanya saindo intocado. O segundo, foi onde um dos soldados de Tanya caiu, saltando em cima de uma granada para proteger o resto da explosão. E foi na terceira.

Na terceira casa foi onde toda aquela fachada de Tanya a Má caiu por terra. Ao adentrarem o local, um dos soldados caiu, alvejado por disparos inimigos. Sobravam três, dos quinze que eram o orgulho da Alemanha. Tanya conseguia ver que Serebryakov estava abalada, porém engolia o choro e seguia em frente. Um exemplo a ser seguido, realmente.

Haviam quinze inimigos na casa. Quinze, contra três. O resultado foi mais do que óbvio.

Primeiramente, o último homem do esquadrão foi ao chão, com um tiro atravessando sua cabeça. Disparando sua metralhadora, com aquele cheiro de pólvora inundando o local, Tanya conseguiu abater quatro inimigos. Sobravam onze. Serebryakov, por puro reflexo, abateu um inimigo que a atacara com uma faca, disparando com sua pistola na cabeça dele.


Com uma granada, Tanya eliminou mais seis inimigos. Agora eram quatro contra duas. Algo um pouco mais justo, não é mesmo? Os chineses estavam nas escadas acima, em um quarto de onde disparavam para as forças lá embaixo. Estavam montando um plano de ataque, pois haviam acabado as granadas e a munição também estava para acabar. E foi nesse momento que, em um momento de loucura, um chinês apareceu no topo da escada e abriu fogo.


Nenhum disparo atingiu Tanya. Pois Serebryakov ficou na frente dela, os disparos atingindo seu corpo, conforme ela tentava manter um sorriso tranquilo, apesar da enorme dor que sentia. A munição do chinês havia acabado, e ele recuou de volta para dentro da sala. Tanya, com muita dificuldade, arrastou Serebryakov para longe da escada e rapidamente aplicou uma injeção de nano-robôs na mesma, aquilo não era o suficiente. Ela ativou seus comunicadores, que ficavam desligados para evitar rastreamento, e começou a gritar

- Doktor! Doktor! Bring einen verdammten Arzt ( Médico! Médico! Tragam um medico porra! ) – Ela gritava nas comunicações, a resposta do outro lado mal sendo ouvida. Ela sabia que um médico seria enviado para as suas coordenadas, mas talvez não chegasse a tempo. Ela tinha mais uma injeção, que estava salvando para o caso de ela própria ser atingida – Eu sou uma idiota. Eu não preciso disso. É só não deixar que atirem.

Ela puxou a tampa da seringa e aplicou a injeção em Serebryakov, comprando para ela ainda mais tempo de vida. Em sua metralhadora haviam três balas, insuficientes para os quatro inimigos que haviam lá em cima. Mas em sua pistola haviam dez. Mais do que o suficiente.

Conforme ela foi subir a escada, o mesmo chinês de antes estava descendo e tudo o que ele recebeu foi um tiro, que perfurou seu olho e fez com que as paredes fossem pintadas com seu sangue e pedaços de cérebro. Um gosto de cobre estava nos lábios de Tanya, porém ela ainda não sangrara e os respingos  que saíram da cabeça do homem não haviam atingido ela. Era o sangue de Serebryakov. Seus músculos doíam, ela estava lutando já fazia um bom tempo.

Mas aquela dor já não existia mais. Ela subiu as escadas com passos rápidos e firmes, não se importando em fazer barulho. Quando adentrou a sala, haviam três armas apontadas para ela. Com sua pistola ela disparou na perna de um dos homens, usando-o como escudo para os projéteis dos outros dois. Ela disparou contra o primeiro, perfurando a garganta dele e fazendo com que ele caísse para trás, segurando sua garganta e puxando por ar que apenas entrava para fazê-lo sofrer ainda mais.

O último largou sua arma. Ele podia sentir que não iria ganhar, não contra aquela mulher. Mas o que ele não pôde sentir era que não havia um pingo de piedade sobrando no pequeno corpo de Tanya. E ela disparou contra a cabeça dele, fazendo com que o mesmo caísse pela janela, lá para baixo.
 
CINCO MESES DEPOIS

Serebryakov ainda não acordara e mesmo que acordasse não havia nada que garantia que ela fosse estar bem. Os médicos pensavam que os incontáveis tiros e traumas haviam prejudicado severamente a mente dela. Seria um milagre se ela acordasse e soubesse seu próprio nome. Seu aparelho respiratório foi trocado por um mecanizado, assim como sua coluna.

E tudo o que Tanya podia fazer era esperar.

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