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Atom e Tobio

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Atom e Tobio Empty Atom e Tobio

Mensagem por Convidado Qua Jan 17, 2018 2:37 pm

Umataro Tenma era um cientista brilhante que desenvolveu um sistema para que as Inteligências Artificiais pudessem emular emoções. Ele afirmava que não demoraria muito para que os robôs desenvolvessem suas emoções, os aproximando ainda mais da humanidade. Ele era conhecido por ser o Ministro da Ciência e um bom homem. Apesar de ter perdido sua esposa durante o parto de seu filho, ele ainda se dedicava para trazer o bem ao mundo.

Um dia, porém, houve um acidente de carro. O erro fora totalmente dele e ele saiu gravemente ferido do acidente, porém sobreviveu. O outro motorista nem ficou tão ferido, um verdadeiro milagre. Porém seu filho, Tobio, estava no carro. E ele morrera. Consumido pela culpa e pela perda de seu filho, o Doutor Tenma desenvolveu um robô criado a imagem de seu filho e inseriu a ele memórias felizes. Esse, foi o nascimento de Atom.

Uran foi criada pelo Doutor Hiroshi Ochanomizu, um bom homem que ajudou Tenma a desenvolver o sistema que permitia a emulação de emoções. Ela foi criada meses após o desaparecimento do criador de Atom, para servir como uma irmã mais nova para Atom. No processo de criação de Uran, Ochanomizu conseguiu desenvolver um sistema novo e jamais visto, por puro acidente.

Aquela pequena robô era capaz de sentir as emoções alheias. Ela sabia dizer quando alguém estava feliz e quando alguém estava triste. Quando sentiam raiva e quando sentiam dor. Uran logo se tornou tão popular quanto Atom. E para dois robôs praticamente perfeitos, era de se esperar que eles emulassem perfeitamente as emoções humanas.

'' Uran '' Chamou a voz de uma criança, fazendo com que a pequena robô voltasse seus olhos para ela. Estava na sala de aula, como toda boa criança, porém a aula já havia terminado e agora só sobravam as duas naquele local '' Você está triste? ''

'' Por que pergunta isso? '' Questionou Uran, sendo uma criança naturalmente curiosa.

'' Você não falou nada o dia inteiro, só ficou olhando para fora da janela '' Disse a outra, segurando a mão de Uran '' Você está triste por causa da morte do Atom, não está? ''

Atom havia sido assassinado por Pluto. Um robô ao qual Uran vira bondade dentro, um que ela vira criar uma belíssima pintura de flores. Um capaz de fazer com que flores mortas simplesmente voltassem a sua beleza anterior. E quando Atom tentara capturar Pluto, ela insistiu que ele não deveria fazer isso. Aquilo talvez fosse o que os humanos chamassem de culpa do sobrevivente.

'' Eu estou triste sim mas... tem alguém mais triste que eu '' Ela falou, novamente conseguindo captar a tristeza. Ela estava longe e em vários pontos da cidade '' Quem é? Quem pode estar tão triste assim? ''

'' Ei! Uran! '' Chamou a outra criança, conforme a pequenina robô disparava para fora da escola.

Ela correu e correu pela cidade. Encontrou um morador de rua faminto e deu a ele comida, saciando sua fome e eliminando parte de sua tristeza, mas ele não era a fonte ainda. Encontrou uma criança que havia derrubado seu sorvete e comprou um novo para ela, mas ela ainda não era a fonte da tristeza.

Encontrou um cachorro, cuja dona não o levava para passear e instruiu a mulher a fazer isso com mais frequência. Não, nem mesmo aquele animal era a fonte. Mas ela sentia que estava chegando perto. Adentrou um cemitério, a fonte da tristeza estivera ali, porém já havia sumido para dentro da cidade, misturando-se as outras.

Ela sabia o local onde a fonte da tristeza estivera. Era na frente de um túmulo. Seu nome era estranhamente familiar. Robôs nunca esqueciam algo que haviam aprendido, porém ela apenas escutara alguém falar aquele nome algumas vezes. E podia ser qualquer pessoa do mundo.

Como uma maneira de lidar com a própria tristeza que sentia, Uran decidiu que iria ajudar a aplacar a tristeza daquela pessoa. Foi para a frente do cemitério e comprou flores, deixando-as no túmulo. Ela teria rezado, porém aquilo não faria sentido para ela. Robôs não foram programados para ter uma religião.
Quatro dias inteiros, após as aulas, Uran deixava a escola e corria para o cemitério. Porém era incapaz de encontrar-se com a fonte de tristeza. Ainda assim, continuou a levar flores para aquele túmulo, por mais que sentisse que aquela tristeza não abaixava-se.

Conforme colocava as flores em cima do túmulo, uma sombra a encobriu. Era um homem, vestindo um casaco negro e trazendo consigo a expressão mais triste que Uran já vira em toda a sua vida.

'' É você então, quem tem trazido flores para ele nesses últimos dias '' Disse o homem, olhando para o túmulo.

'' Perdão senhor, mas é que eu senti tanta tristeza aqui que... eu precisava fazer algo '' Explicou-se Uran.

'' Sentiu? Ah, mas você é Uran. A criação de Ochanomizu. Realmente, ele fez um trabalho fantástico '' Falou aquele homem.

'' Eu... conheço você. Você é o Doutor Tenma, o pai do Atom '' Ela disse, olhando para ele.

'' Não sou o pai dele. Sou o criador '' Corrigiu-a o homem '' Eu só tive um filho em toda a minha vida, e ele está enterrado aqui ''

No túmulo lia-se Tobio Tenma. Quando o doutor Tenma falou aquilo, uma onda de tristeza invadiu os sensores de Uran. Estava chovendo, essa era a única explicação. Mas quando ela olhou para cima, não viu nuvens, o dia estava ensolarado. Então, como explicar aquelas gotas de água que caíam no chão? Olhando para os óculos escuros de Tenma, ela pôde ver seu reflexo. Era ela. Era dela que vinham aquelas gotas. Uran estava chorando.

Ela fora programada para chorar, uma vez que devia emular emoções perfeitamente. Mas, ela não estava se sentindo tão triste a ponto de chorar. Ela só fizera isso uma vez, quando Atom morrera. Então, por que ela chorava? A tristeza que aquele homem sentia era tão grande que inundava os sistemas de percepção de emoções de Uran. Ela simplesmente não conseguia segurar as lágrimas.

'' Realmente '' Disse Tenma, observando enquanto Uran tentava secar as lágrimas. Em seguida, ele virou-se para deixar o local '' Ele fez um trabalho fantástico ''

Quando Atom fora criado, a ideia original de Tenma era que ele imitasse seu filho perfeitamente. Mas até mesmo um robô tinha suas limitações. Uma vez que ele fora programado para agir como uma criança, ele acessou o banco de dados que possuía informações sobre como uma criança deveria agir.

'' Eu vi que você limpou seu quarto hoje '' Comentou Tenma, enquanto ele e Atom jantavam, anos atrás.

'' Ah sim, ele estava um pouco bagunçado '' Respondeu Atom, sorridente.

'' Tobio odiava limpar o quarto '' Murmurou Umataro.

'' Então eu vou parar de limpá-lo a partir de agora '' Falou o pequeno robô.

‘’ Você estava estudando, antes de vir jantar não é? ‘’ Questionou-lhe Tenma.

'' Sim, eu tenho uma prova amanhã na escola '' Respondeu-lhe Atom, com um pequeno sorriso em seu rosto. Tecnicamente falando, aquelas provas só serviam para procurar falhas em sua Inteligência Artificial.

'' Tobio odiava estudar '' Disse Tenma.

'' Então eu não estudo mais '' Falou Atom, colocando um pedaço de carne na boca.

'' Essa comida está boa? '' Perguntou o Doutor.

'' Sim, ela está deliciosa! '' Sorriu-lhe Atom.

'' Tobio odiava quando eu cozinhava '' Foi o que disse Tenma.

'' Então ela está ruim '' Atom deu de ombros.

'' Atom, você gosta de mim? '' Perguntou-lhe Tenma

'' Claro que sim. O senhor é o meu pai e eu lhe amo '' Respondeu o robô.

'' Eu sempre  fui muito rígido com Tobio '' Murmurou Tenma, segurando suas têmporas e apoiando os cotovelos em cima da mesa '' Tobio... provavelmente me odiava também ''

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